Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Tamanho da fonte: 
DETERMINAÇÃO DE VALORES DE REFERÊNCIA PARA PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS DE FELINOS E CANINOS DE PORTO ALEGRE E REGIÃO METROPOLITANA
JULIANA PEREIRA MATHEUS, LETICIA DA SILVA, DIEGO MOREIRA PUJOL, DANIELA CAMBOIM RUZZARIN, CAMILA CALLIARI, KATIANA STELMACH PEREIRA, SANDRO CESAR PEREIRA RAMOS, CAROLINA BUTORI XAVIER, ADRIANO BRUZZA, MARIANGELA COSTA ALLGAYER

Última alteração: 23-10-2012

Resumo


Hemogramas e perfis bioquímicos norteiam o diagnóstico e determinam, muitas vezes, o sucesso do tratamento e quando interpretados adequadamente, seus valores fornecem importantes informações em relação ao estado clínico de um animal. Diante de casos de anemia regenerativa, caninos e felinos respondem com a produção de novas células sanguíneas, o que determina um aumento dos valores de volume corpuscular médio (VCM), expresso em fentolitros (fL), e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), expresso em porcentagem (%). Complementar ao cálculo destes dois parâmetros estão a determinação de RDW e a avaliação morfológica do esfregaço sanguíneo, que juntos, classificam a anemia de um animal. A realidade do Laboratório de Patologia Clínica do HV-ULBRA evidenciou  a necessidade de revisar os valores para tais parâmetros sanguíneos, visto que animais que apresentavam índices de regeneração na morfologia eritrocitária e valores aumentados de RDW, ainda assim, não demonstravam VCM e CHCM que classificasse a anemia como regenerativa. Em relação à ureia, obtida através do uso de espectrofotometria e medida em mg/dL, esta pode aumentar em cães e gatos normais em função de alimentação rica em proteínas, e os valores encontrados para este bioquímicos em animais sadios superam os limites máximos tidos como referência atual no laboratório, o que indica uma mudança nos padrões de vida destas espécies e demonstra a necessidade de atualização dos valores de referência para este parâmetro. Sabendo-se que os padrões de referência são específicos para  inúmeros fatores, incluindo localização geográfica e metodologia laboratorial, objetiva-se, com este estudo, a determinação dos padrões de referência hematológicos e bioquímicos para as variáveis já citadas. Foram avaliados, até o presente momento, hemogramas e perfis bioquímicos de 16 felinos e 16 caninos clinicamente sadios, que passaram por consulta no HV-ULBRA, independente de raça e sexo, com idade variando de 5 meses a 5 anos, todos de Porto Alegre e região metropolitana. As amostras de sangue foram coletadas em tubos contendo EDTA, para processamento através de contador veterinário pocH-100 iV Diff e espectrofotômetro semi-automático TP Analyzer Basic, utilizando reagentes comerciais. Os resultados parciais obtidos para felinos foram de 39,0 ± 3,4fL para VCM e para o CHCM, os valores foram de 35,1 ± 2,9%. Já para a ureia, os valores encontrados foram de 54,9 ± 9,7mg/dL. Em caninos, os resultados encontrados foram de 62,1 ± 2,6fL para VCM e para o CHCM, os valores foram de 37,2 ± 1,5%. Para a ureia de caninos, os valores foram de 47,4 ± 13,7mg/dL. Os presentes resultados servirão como valores de referência para exames complementares realizados no Laboratório de Patologia Clínica do HV-ULBRA.