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A introdução do tema biodiversidade no contexto da conscientização e Educação Ambiental é fundamental para enfrentarmos os desafios colocados pela sociedade moderna em relação ao meio ambiente. Dentre os inúmeros problemas ambientais que surgem e que causam impactos negativos de grande relevância está o aumento significativo das espécies exóticas nos biomas nativos. Nesse contexto, este trabalho, que é parte de uma pesquisa mais ampla, objetiva verificar o conhecimento dos alunos a respeito de algumas espécies nativas e exóticas que ocorrem no Rio Grande do Sul. Os dados deste estudo foram obtidos através da aplicação de instrumentos de coleta de dados respondidos por estudantes das séries finais de Ensino Fundamental de duas escolas públicas. Os resultados foram analisados por meio das ferramentas da Estatística Descritiva. No que tange a 16 plantas classificadas como frutíferas comestíveis por humanos, houve 59,5% de acertos para as nativas e apenas 25,8% para as exóticas. Referente ao reconhecimento das espécies de mamíferos, 72,9% classificaram corretamente as espécies exóticas e 45,1% as nativas. Em relação às aves, o percentual de acerto das nativas foi mais elevado (64,6%) quando comparado às exóticas (42,1%). As aves nativas com maiores índice de acertos foram as mais facilmente encontradas no meio urbano e que fazem parte da cultura regional, como é o caso do quero-quero. Depreende-se dos resultados que houve dificuldades por parte dos alunos em reconhecer muitas espécies em relação à sua origem, o que pode estar relacionado com a elevada presença de espécies exóticas no seu entorno, assim como em produções midiáticas e didáticas. Diante de tais evidências, é importante que o ensino formal desenvolva atividades que contemplem aspectos conceituais relacionados com as espécies nativas e exóticas, oportunizando aos alunos o conhecimento dos impactos negativos da presença das espécies exóticas nos biomas naturais e da importância de preservar as espécies nativas para o equilíbrio dos ecossistemas.