Os profissionais da área da saúde precisam buscar e acessar espaços de reflexão sobre a prática, atualização técnico-científica e o diálogo com usuários e demais trabalhadores que integram esta área. Em fevereiro de 2004, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (EPS), que auxilia na identificação de necessidades na formação e no desenvolvimento dos trabalhadores da área da saúde e por consequente na construção de estratégias e processos que qualifiquem a atenção e a gestão em saúde, fortalecendo o controle social com o objetivo de produzir aspectos positivos tanto na saúde individual como coletiva da população. Através do processo de EPS é possível melhorar a qualidade do atendimento, além de ser uma prática educativa que possibilita a participação de todos os profissionais para que o serviço prestado seja de qualidade e o reflexo na comunidade satisfatório. Ela viabiliza que os profissionais conheçam as práticas educativas para que se sintam motivados em participar do processo. Objetiva-se neste estudo analisar as concepções de Educação Permanente em Saúde (EPS) presentes na prática das equipes em Unidades Básica de Saúde (UBS) do município de Lajeado/RS.Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, objetivo exploratório e utilizará como procedimento técnico o estudo de campo e posterior análise de conteúdo dos questionários realizados nas UBS do Município de Lajeado/RS. Será utilizado o questionário – versão para profissionais contido no Manual do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde (PCATool – Brasil). Os questionários serão aplicados individualmente com cada profissional na UBS em que atua, no período de junho a setembro de 2012. Para a análise dos itens do PCATool, que apresentam as possíveis respostas em escala Likert, será calculado o escore de cada dimensão e a partir da média das dimensões obtêm-se o Escore Geral da APS, que deve ser expresso na forma padronizada em uma escala de zero a dez (10). Os resultados das análises estatísticas serão apresentados em forma de gráficos e tabelas, conforme se adequar melhor o tipo de informação gerada. Espera-se ao final da análise dos dados, identificar as necessidades de conhecimento e fornecer pistas no processo de formação de uma EPS, pois o ponto chave para um bom resultado na EPS é realizá-la de acordo com o cotidiano dos profissionais, através da vivência da equipe, ou seja, de acordo com os problemas enfrentados nas práticas do serviço. Pretende-se, assim contribuir com os programas de saúde coletiva e de EPS, por meio das demandas obtidas a partir das análises dos questionários.