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Risco ocupacional em trabalhadores de minas de carvão avaliado pelo teste de micronúcleos em mucosa oral
Última alteração: 24-10-2012
Resumo
O carvão é uma fonte de energia das mais importantes, tornando a sua caracterização e estimativa de seus riscos de extrema importância para a segurança de quem manipula. O Rio Grande do Sul (RS) apresenta uma das maiores jazidas de exploração de carvão do Brasil. Muitos são os trabalhadores envolvidos na exploração deste minério, mas poucos são os cuidados com a saúde deste trabalhador. O uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) é muito importante para minimizar o risco de problemas de saúde neste setor econômico. Já existem relatos de danos genéticos causados em diferentes organismos pela exposição ao carvão. Assim, foi nosso objetivo avaliar a mutagenicidade, citotoxicidade e morte celular ocasionadas em trabalhadores de minas de carvão de Candiota (RS) através do teste de micronúcleos em mucosa oral. O estudo inclui 41 mineiros, com idade média de 38,9 ± 14,0 anos, e 29 indivíduos não-expostos ao carvão (Bagé), com idade média de 46,7 ± 18,1 anos. As amostras foram coletados entre março/2009 e Janeiro/2011. Foi observado dano ao DNA pelo aumento significativo na freqüência de micronúcleos (3,1 ± 2,2) em relação ao grupo não-exposto (0,2 ± 0,4; P<0,001, Teste t-Student). Defeito citocinético (células binucleadas) foi observado para o grupo de expostos ao carvão (13,2 ± 4,9) em relação ao grupo não-exposto (10,7 ± 3,7; P<0,05). Nos expostos não se observou aumento de morte celular (células com cromatina condensada, cariorrética, cariolítica e picnóticas). Nossos resultados indicam mutagenicidade ocasionada pela exposição ao carvão nos mineiros, que pode ser associada a exposição ao carvão e seus derivados e a não-utilização de equipamentos de proteção.
Apoio financeiro: FAPERGS, CNPq
Apoio financeiro: FAPERGS, CNPq