Última alteração: 23-10-2012
Resumo
O rompimento de nervos periféricos pode acarretar tanto perda de sensibilidade como de motricidade ao órgão inervado e a recuperação funcional deste geralmente depende de intervenção cirúrgica. Dentre diversas técnicas empregadas, a tubulização com condutos bioabsorvíveis poli-(L-ácido láctico co-ácido glicólico) (PLGA) vêm se destacando como tratamento alternativo para reparação nervosa. O objetivo deste trabalho foi avaliar a biocompatibilidade in vitro de membranas PLGA (82:18) nanotexturizadas e o perfil de degradação de condutos de diferentes espessuras desse material. Os condutos nervosos porosos (GA=300µm, GB=600µm, GC=900µm e GD=1200µm) foram confeccionados a partir da dissolução do PLGA em clorofórmio com adição de micro cristais de NaCl (cloreto de sódio), e tratados com solução de NaOH (hidróxido de sódio) para obtenção de nanofuncionalização. Para determinar o perfil de biodegradação do PLGA in vitro, após mensuração da massa (P0), os condutos nervosos foram submersos em frascos contendo etanol 70% e agitados a 100rpm por 1 hora; posteriormente, as amostras foram colocadas em frascos contendo PBS pH 7,4 0,2M e agitadas a 60rpm e 37ºC. Em períodos determinados (30 e 60 dias), os condutos nervosos foram removidos do PBS, secos a vácuo por 24h e sua massa medida (Pt). A biodegradação foi calculada através da fórmula: % Perda de massa = (P0 – Pt/P0)x100. As alterações morfológicas ao longo da degradação foram analisadas por MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura) e a distribuição do peso molecular e polidispersão foram mensuradas com GPC. Nos resultados parciais pode-se observar, comparando os períodos 0, 30 e 60 dias, através de microfotografias de MEV, que a estrutura tubular do biomaterial permanece, apresentando resistência mecânica para ser utilizado na recuperação de nervos periféricos em ratos. Nota-se o aumento da área superficial e nanoporosidades (maior porosidade na superfície do material), erosão em escala micrométrica, o que sugere o início do processo de degradação.