Tamanho da fonte:
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO REPRODUTIVO DE NOVILHAS ACASALADAS AOS DOIS E TRÊS ANOS SUBMETIDAS IATF
Última alteração: 26-10-2012
Resumo
O êxito na obtenção de altas taxas de prenhez em novilhas de corte decorre de um conjunto de fatores alimentares e práticas de manejos que irão influenciar a rentabilidade da propriedade. O presente resumo objetivou comparar o desempenho reprodutivo de novilhas em função da idade ao primeiro acasalamento e tipo de protocolo usado para a inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Foram avaliadas informações de 196 novilhas cruzas Hereford e Braford submetidas a dois protocolos para IATF; 1- Ovsynch com bloqueio de progesterona (Ovsynch+P4 – implante de 3º uso) e 2- implante intravaginal de progesterona com aplicação muscular de estradiol e prostaglandina (PEPE - BE+P4+PGF+BE). Sete dias após a IATF as novilhas permaneceram com touros em repasse na proporção de 3% por mais 46 dias. Sessenta novilhas, 30 de 2 anos e 30 de 3 anos foram submetidas ao protocolo Ovsynch+P4 enquanto 136 novilhas sendo 75 animais de dois anos e 61 de três anos foram submetidas ao protocolo PEPE. Os animais foram pesados individualmente e tiveram o escore de condição corporal (ECC) avaliados por ocasião da colocação dos implantes intravaginais. Procedeu-se o diagnóstico de gestação, por palpação retal 40 dias após a IATF e 60 dias após o repasse com touros para determinação da prenhez à IATF e prenhez final. Os dados prenhez por analisados pelo qui-quadrado e dados de peso e ECC por análise de variância. As novilhas de dois anos do grupo Ovsynch apresentaram um ECC médio 2,9 (escala de 1-5) e peso médio 315,2 Kg resultando em uma taxa de prenhez a IATF de 46,7% e uma taxa de prenhez final de 80,0%, enquanto os animais de três anos, deste mesmo grupo, apresentaram ECC médio de 2,7 e peso médio de 304,0 Kg taxa de prenhez a IATF de 46,7% e taxa de prenhez final de 80,0% sem significância estatística (p > 0,05) para as variáveis analisadas. No grupo PEPE os animais de dois anos apresentaram um ECC médio de 2,9 e peso médio de 314,0 Kg, taxa de prenhez a IATF de 33,3% e uma taxa de prenhez final de 74,7%, enquanto os animais de três anos apresentavam ECC médio de 2,7 e peso médio de 295,6 Kg, taxa de prenhez a IATF de 26,2% e taxa de prenhez final de 60,7%, sem significância estatística (p > 0,05) para as variáveis analisadas. A análise das taxas de prenhez entre os grupos resultou em taxa de prenhez a IATF de 46,7% e 30,1% (p <0,05) respectivamente para os grupos Ovsynch+P4 e PEPE. A taxa de prenhez final não apresentou diferença entre grupos (p > 0,05) sendo de 80,0% para Ovsynch+P4 e 68,4% para o PEPE. A idade dos animais não interferiu nos resultados de taxa de prenhez a IATF e prenhez final. O tratamento com o protocolo Ovsynch+P4 resultou em maior taxa de prenhez a IATF. Os touros utilizados em repasse melhoraram a resposta reprodutiva final.