A infecção por microrganismos representa uma preocupação para todos os profissionais na área da saúde, sendo definida na literatura a necessidade de esterilização ou desinfecção de qualquer material antes da sua utilização na cavidade bucal. Entretanto, na clinica odontológica ainda é preconizada a utilização de luvas de procedimento em embalagens não estéreis. Faz-se imprescindível, portanto, avaliar esta contaminação para definir protocolos com o objetivo de manter a saúde do paciente e da equipe odontológica atuante nesta área. Dessa forma, propôs-se neste trabalho avaliar a contaminação das luvas de procedimento utilizadas na clínica odontológica, conforme disponibilizadas pelos fabricantes. A amostra foi composta por 70 luvas, obtidas diretamente das embalagens, formando 7 grupos, com n=10, cada, sendo 4 marcas comerciais não estéreis (G1= Descarpack®, G2= Supermax®, G3= Satari®, G4= Sempermed®) e 3 marcas estéreis (G5= Super Max®, G6= New Hand®, G7= Madeitex®). As luvas foram submetidas a testes microbiológicos para análise do crescimento bacteriano. Os resultados mostraram crescimento de bactérias em 100% das amostras para G3, 90% para G2, 80% para G1 e 50% para G4, em contraposição à ausência de crescimento encontrada nos grupos G5, G6 e G7. Pôde-se concluir que as embalagens utilizadas pelos fabricantes avaliados para disponibilizar as luvas não estéreis predispõem crescimento bacteriano, sendo maior para a marca Satari®, Supermax®, Descarpack® e Sempermed®, em ordem descrescente. Além disso, observou-se que as embalagens para luvas estéreis testadas mostraram-se livres de bactérias, sendo, portanto, confiáveis.