Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Diferenciação molecular de cepas do vírus da bronquite infecciosa (IBV)
Marcos Vinicius Schiavoni Correa, ISADORA LEWANDOWSKI NAVARINI, ALINE PADILHA DE FRAGA, EDMUNDO KANAN MARQUES, Nilo Ikuta, VAGNER RICARDO LUNGE

Última alteração: 29-10-2012

Resumo


O vírus da bronquite infecciosa (IBV) é um importante patógeno que acarreta grandes perdas econômicas para a indústria avícola. Ele causa a bronquite infecciosa das galinhas (BIG), doença respiratória, que acomete a produção de frangos de corte e de galinhas poedeiras, causando diminuição da produção de ovos, infertilidade, retardo no crescimento, aumento na suscetibilidade a infecções secundárias e aumento da mortalidade. O vírus pertencente à família Coronaviridae e possui genoma de RNA fita simples, envelopado, com presença de espículas. A espícula é dividida em duas frações S1 e S2, sendo a primeira a principal responsável pela indução de anticorpos inibidores da hemaglutinação e pela soro-neutralização, possuindo um importante papel na indução de proteção vacinal contra a doença. No Brasil a administração de vacinas atenuadas e inativadas é baseada num único sorotipo (Massachusetts), porém já é bem estabelecida a ocorrência de um grupo uniforme de cepas variantes em várias regiões do país. Portanto é de extrema importância uma técnica capaz de diferenciar a cepa vacinal de cepas variantes para estabelecer o controle efetivo de um programa de vacinação. Tal técnica encontra-se disponível em nosso país, e é baseada numa PCR com posterior sequenciamento. A grande limitação desta técnica se dá pelo fato de ser um procedimento trabalhoso e demorado, além de estar disponível somente em laboratórios acadêmicos e de pesquisa. O objetivo do presente trabalho é desenvolver uma técnica mais simples e mais rápida utilizando a PCR em tempo real (TaqMan PCR) para diferenciar a cepa vacinal das cepas variantes, e que tem como grande vantagem de ser uma metodologia (PCR em tempo real) já utilizada nas grandes agroindústrias do país. Para o desenvolvimento da técnica realizou-se inicialmente uma análise de sequências, e foram escolhidos como alvos a porção da proteína de espícula S1. Foram desenhados e adquiridos um total de 8 primers: um par de externos e internos específicos para a amplificação da cepa vacinal Massachussets e outros dois pares para as cepas variantes. Utilizou-se uma sonda comum aos dois alvos para as detecções por TaqMan PCR. Foram adquiridas amostras positivas provenientes de diversas regiões do país, além de cultivo celular (líquido alantóide) e diferentes marcas de vacinas (cepa vacinal). A extração de RNA total foi realizada através do protocolo de adsorção em sílica e a transcrição reversa (RT) antecedeu uma amplificação realizada no equipamento StepOne Plus (Applied Biosystems). Várias combinações de primers foram testadas, na otimização da reação. Até o momento, 3 protótipos foram desenvolvidos, 1 específico para Massachussetes e 2 específicos para as variantes brasileiras. Tendo apresentado resultados promissores, os protótipos estão sendo testados em ensaios de casuística para atestar a eficiência da técnica.