Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Genotoxicidade associada ao extrato das folhas de Cynara scolymus L. em células HEPG2
Ana Paula de Souza, Regiane Pereira, Laura Jacociunas, Bianca Abreu, Mauricio Lehmann, Alexandre de Barros Falcão Ferraz, Rafael Dihl

Última alteração: 25-10-2012

Resumo


A alcachofra, Cynara scolymus, é uma planta herbácea, de clima temperado que rebrota todos os anos após o inverno. Rica em vitaminas A e do complexo B e em sais minerais como ferro, cálcio, magnésio, fósforo, a alcachofra é utilizada na medicina popular para o tratamento de distúrbios hepáticos, controle de diarréia, e como diurético. Apesar da existência de trabalhos experimentais evidenciando as propriedades terapêuticas da alcachofra, existem poucos estudos quanto à atividade genotóxica dos extratos de suas folhas. O presente estudo teve como objetivo avaliar a genotoxicidade do extrato bruto (aquoso) das folhas de C. scolymus em quatro concentrações, utilizando o teste cometa, versão alcalina, em células humanas de carcinoma hepático (HEPG2). O Teste Cometa (single-cell gel assay - SCG) baseia-se na técnica microeletroforética para a avaliação de danos no DNA de células individuais. A versão alcalina (pH>13) deste bioensaio permite a detecção dos seguintes danos genéticos: (i) quebras de fita de DNA, simples e duplas, (ii) sítios álcali-lábeis, (iii) associações DNA/DNA e DNA/proteína e (iv) reparo incompleto por excisão após quebra de fita simples. A escolha das concentrações foi realizada através do teste de viabilidade celular pela exclusão do azul de tripan. A toxicidade genética da alcachofra foi avaliada nos tratamentos de 1h e 24hs nas concentrações de 0,62, 1,25, 2,5 e 5,0 mg/ml. A comparação estatística foi realizada por meio da análise da variância (one-way ANOVA) com teste post hoc de Dunnett para uma significância estatística p<0,05. Os resultados após a exposição das células HEPG2 ao tratamento de 1 hora com o extrato das folhas da alcachofra mostraram um aumentou da frequência de danos no DNA, quando comparado ao controle negativo, meio de cultivo DMEM, nas concentrações de 2,5 e 5,0 mg/ml. No tratamento de 24 hs, foram observadas diferenças significativas na indução de danos no DNA nas células tratadas com as concentrações de 1,25, 2,5 e 5,0 mg/ml. Desta forma, os dados obtidos apontam para a ação tóxico genética de C. scolymus, que pode estar associada à atividade pró-oxidante dos constituintes presentes no extrato das suas folhas.