Última alteração: 24-10-2012
Resumo
A Hipertensão Portal (HP) é o aumento de pressão no território porta decorrente da dificuldade no fluxo sanguíneo venoso do território esplâncnico para o fígado, por obstrução mecânica pré-hepática, intra-hepática e pós-hepática. O aumento da resistência do fluxo sanguíneo portal é o fator primário da fisiopatologia da hipertensão portal. A hipertensão portal se caracteriza por um aumento da pressão venosa portal, levando a uma consequente formação de vasos colaterais, como varizes esofágicas e gástricas, estimulando o desenvolvimento de uma circulação hiperdinâmica esplâncnica. Assim alterações hemodinâmicas estão envolvido nesta doença. O estrogênio apresenta ação protetora sobre a musculatura lisa vascular assim objetivo deste estudo foi avaliar se o estrogênio pode contribuir para melhorar o quadro de hipertensão portal e diminuir os danos de DNA, no modelo experimental de Ligadura Parcial de Veia Porta (LPVP). Foram utilizadas 16 ratas Wistar, pesando 250g, divididas em 4 grupos: sham-operated (SO); intactas com ligadura parcial da veia porta (IL); castradas (C) e castradas com ligadura parcial da veia porta (CL). A ooforectomia foi realizada no primeiro dia do experimento e após sete dias já é observado ausência de estrogênio na circulação; no 7º dia foi realizada a cirurgia de LPVP; no 28° dia a morte dos animais. Foi realizada a aferição da Pressão Venosa na veia mesentérica superior, através do sistema de aquisição de dados CIDEPE e avaliado os resultados em mmHg; amostras de sangue e o estômago foram coletados para avaliação de danos ao DNA pelo teste cometa alcalino, sendo ID, índice de dano e FD frequência de dano. A análise estatística foi ANOVA, seguida por Student-Newmann-Keuls, (Média±EP), foi considerado significativo para p<0,05. Quanto à avaliação da pressão venosa o grupo CL apresentou um aumento significativo em relação aos demais grupos fato este não ocorreu no grupo IL. Quanto aos resultados de dano de DNA no sangue o grupo C e o grupo CL mostraram valores de ID e FD significativamente maiores que os valores do grupo SO (p<0,05). No grupo IL houve aumento somente da FD em relação ao grupo SO. Quando avaliados os danos ao DNA no estômago, nenhuma diferença estatística foi observada entre os grupos. Os resultados sugerem que a ooforectomia, aumenta a instabilidade genômica, sugerindo que a presença de estrogênio pode estar contribuindo por diminuir os danos ao DNA induzidos pela LPVP.