Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Avaliação das atividades neurocomportamentais, genotóxicas e antigenotóxicas do ácido gálico em camundongos
Thienne Rocha Pires, Luiz Carlos Santos Porto, Karen Souza, Inajara de Almeida Bueno Petri, Débora Kuck Mausolff Papke, Vanessa Coelho, Jaqueline do Nascimento Picada, Patricia Pereira

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


O ácido gálico (ácido 3,4,5-triidroxibenzóico) é um composto fenólico de relevância farmacológica, com grande potencial terapêutico. Porém, há poucos estudos descrevendo possíveis efeitos do ácido gálico sobre a memória e a estabilidade genômica. Visando uma possível utilização deste composto como agente neuroprotetor, os objetivos deste trabalho foram verificar (1) a atividade locomotora e exploratória de camundongos tratados com ácido gálico no teste do campo aberto, (2) a memória de habituação ao campo aberto e (3) a atividade genotóxica e antigenotóxica do ácido gálico através do teste cometa, em amostras de tecido cerebral. Para a realização dos testes foram utilizados 28 camundongos machos CF-1, divididos em três grupos com 9-10 camundongos. Foi administrada uma dose única pela via IP (intraperitonial) de 10 mg/Kg ou 100 mg/Kg, conforme o grupo, ou solução salina (grupo controle). As doses foram ajustadas conforme o peso de cada animal, sendo de 0,1 ml/10g de peso corporal. O ácido gálico foi administrado 30 minutos antes da sessão treino. Os camundongos foram submetidos ao teste do campo aberto por 5 minutos onde eles podiam explorar livremente a caixa. Foram contados o tempo de latência para o início da locomoção, o número de cruzamentos das linhas pretas e o número de vezes que o animal levantou as duas patas dianteiras. Após 24h os animais foram expostos novamente ao aparato comportamental para medida da habituação ao ambiente, como medida de memória. Os animais foram sacrificados por decapitação. Amostras do tecido cerebral foram coletadas para a realização do teste cometa (versão alcalina). Para a avaliação da atividade antigenotóxica foi utilizado peróxido de hidrogênio em tratamento ex vivo. O conjunto de resultados indicou que o ácido gálico não causou prejuízos na memória de habituação, motivação, locomoção e exploração do ambiente no campo aberto; não induziu genotoxicidade nas doses testadas e protegeu o tecido cerebral dos danos induzidos pelo peróxido de hidrogênio sugerindo atividade antigenotóxica.