Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Avaliação sazonal da constituição química e da capacidade antioxidante de amostras de Baccharis trimera protegida e exposta ao impacto da queima de carvão
Raíssa Rossatto, Raíssa Rossatto, Ana Paula Menezes, Juliana Silva, Alexandre Ferraz

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


As grandes reservas de carvão existentes no Estado do Rio Grande do Sul e as crescentes necessidades energéticas do país contribuem para um aumento da extração deste bem mineral. Esse aumento em larga escala gera aspectos negativos, como por exemplo, os impactos causados ao ambiente. Entre os locais do ambiente que podem ser afetados, a cobertura vegetal destaca-se por ser a primeira superfície disponível para a maioria dos poluentes atmosféricos, em especial os metais. Baccharis trimera, desenvolve-se amplamente em região degradada pela mineração de carvão. Esta espécie nativa do Rio Grande do Sul é popularmente conhecida como carqueja e amplamente utilizada pela população na forma de infusão para combater problemas circulatórios, reumatismo, diabetes, desordens gastrointestinais. Com isso, o presente trabalho visa avaliar o efeito da queima do carvão frente à constituição fitoquímica, teor de metais e a capacidade antioxidante frente ao radical livre DPPH do extrato aquoso de B. trimera nas estações de inverno e verão. Para isto, foram coletadas duas amostras em região carbonífera afucan e aeroporto (Candiota-RS), e uma não exposta a queima carvão (Bagé-RS). Para avaliar a constituição fitoquímica do extrato aquoso de B. trimera foram realizados os doseamentos de compostos fenólicos, flavonoides e taninos totais. Através desta quantificação foi possível observar que estes teores não apresentaram uma grande variação independente da estação e do local de coleta. Entretanto, as analises de PIXE mostraram uma maior concentração de metais durante o inverno. Por outro lado, a avaliação da capacidade antioxidante com o radical livre DPPH revelou que as amostras coletadas no verão possuem uma maior capacidade antioxidante. Com base nos resultados obtidos, pode-se sugerir que o maior potencial antioxidante das amostras de verão esteja relacionado à menor concentração de metais neste período. Desta forma, uma menor concentração dos compostos fenólicos estaria atuando na proteção da planta frente aos metais e consequentemente teríamos uma maior concentração de fenólicos livres para exercer sua capacidade antioxidante.