O presente trabalho visa discutir as demandas por inovações no setor metal mecânico da região do Alto Jacuí e na área de atuação da ULBRA Carazinho. Região com vocação produtiva voltada as atividades em agronegócio, a qual abriga um grupo de indústrias do setor Metal Mecânico, com foco em máquinas e equipamentos. A pesquisa classifica-se como exploratória e de campo, com pesquisa em 10 empresas do setor entre os meses de maio e junho de 2012. A escolha da amostra foi por tipicidade abrangendo 10 empresas que empregam 2.752 funcionários. A técnica de coleta dos dados de campo foi através de entrevista com os gerentes e ou coordenadores do setor de engenharia das empresas, a partir de um questionário com pergunta semi-estruturado. Já a análise dos dados, se deu de forma quanti-qualitativa, visando identificar demandas por produtos e ou processos que permitem as organizações melhorar sua eficiência inovativa. Os resultados da pesquisa revelam que todas as empresas possuem mais de dez anos de atuação no mercado. A produção das empresas em 70% está voltada para o setor agrícola e, somente 30% agrícola mais construção civil ou agrícola mais rodoviária. Em relação aos investimentos em inovação, 50% investem em produtos, 60% investem em processo e 90% realizam investimentos financeiros na inovação. Todas elas têm produtos lançados pela própria empresa, e as reformulações acontecem diariamente na maioria das empresas, através da coleta de dados vinda do setor de pós-vendas. Contata-se que a empresa de maior porte, lança um número considerável de produtos novos, os quais contribuem com até 50 % do seu faturamento. Também foi constatado que 100% das empresas usam ferramentas no processo de inovação como processos com mudança de layout, depois 5’s e benchmarketing. A ferramenta mais utilizada nas organizações para garantir a qualidade é o plano de ação, uma ferramenta prática eficaz, mas nenhuma das empresas entrevistadas utiliza o TQC. A relação da empresa com a universidade ainda não é plena, pois 20% das empresas citaram que não existe relação, já 30% das organizações apontaram que a relação existente é pequena e 50% das empresas tem bastante contato com a universidade, a qual poderia contribuir para implementação de novas ferramentas no processo produtivo. Pelo contexto dos dados apresentados, demandas indicadas e os supostos custos para atendê-las, propõem-se a criação do Centro Inovação Tecnológica – (CIT). O qual pode se tornar um espaço de referência ao corpo discente e docente da Universidade, bem como, da comunidade regional. O suporte ás parceiras inovativas pode ocorrer a partir das políticas de inovação adotadas pela Universidade, a exemplo do ULBRATECH e dos programas de Pólos e Incubadoras Tecnológicas. Nos campi das ULBRA, inicialmente pode-se iniciar com a estruturação de um Centro de Inovação e Tecnologias - CIT, tornando-o um espaço de referência ao corpo discente e docente da Universidade, bem como da comunidade regional.