As plantas medicinais vêm através dos séculos sendo utilizadas no tratamento de doenças, o que possibilitou e possibilita o desenvolvimento de diferentes medicamentos. A Cecropia pachystachya (embaúba) é utilizada pela população para tratar asma, diabetes, tosse e como broncodilatador. Além disto, na literatura científica encontram-se trabalhos que afirmam que esta planta apresenta atividades sedativas, hipoglicemiantes, anti-inflamatória, cadiotônica, anti-hipertensiva, antioxidante e antimalárica. Poucos são os estudos do uso medicinal de C. pachystachya que avaliam seu potencial tóxico. Assim, este estudo busca avaliar o efeito genotóxico e antigenotóxico da embaúba pelo ensaio cometa. Camundongos (Mus musculus) machos e fêmeas foram tratados com extrato aquoso das folhas da planta na dose de 2000mg/kg (via gavagem). Coletas de sangue foram realizadas na cauda de 10 camundongos (Mus musculus), nos tempos de 0h (controle negativo), 3h, 6h e 24h. Foram obtidas 4 lâminas de cada animal, sendo que de 2 se procedeu lise e eletroforese para análise das células, enquanto que as outras 2 lâminas, antes destes procedimentos, passaram por exposição ex vivo ao peróxido de hidrogênio. Quanto aos resultados, não foi observado diferenças significativas para os danos ao DNA entre os diferentes tempos de exposição à dose utilizada da embaúba, nem em relação ao controle negativo (P>0,05; ANOVA-Tukey). As lâminas do grupo controle negativo tratadas ex vivo ao peróxido de hidrogênio apresentaram aumento significativo de danos do tipo cometa (P<0,001; Teste Mann-Whitney). Em relação às demais lâminas tratadas com o peróxido de hidrogênio, percebeu-se que somente as lâminas 6h apresentaram proteção significativa em relação ao agente indutor de danos (P<0,05; ANOVA-Tukey). Desta forma, observou-se que o extrato aquoso da embaúba não se demonstrou genotóxico nas condições deste estudo, e que um tratamento de 6h com o extrato foi capaz de proteger as células sanguíneas dos danos oxidativos induzidos pelo peróxido de hidrogênio.