Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Análise de custos e eficiência na sincronização de receptoras de embriões bovinos
Diego Felipe Adams, Roberta Weber dos Reis, Tamara Viecelli Perizzollo, Gabriela Kaebisch Machado, Eduardo Malschitzky, Paulo Ricardo Loss Aguiar

Última alteração: 29-10-2013

Resumo


A sincronização do estro em receptoras de embrião implica na utilização de tratamentos hormonais para induzir um maior número de fêmeas ao estro, num determinado período de tempo. Pesquisas mostram que a sincronia do estro da receptora e a idade do embrião podem ser de no máximo 24 horas para mais ou menos sem apresentar diferenças nas taxas de prenhez. A partir da comprovação dos efeitos luteolíticos da Prostaglandina F2a (PG), em bovinos, vários análogos sintéticos foram comercializados e amplamente utilizados para controlar o ciclo estral. A PG e seus análogos são ineficazes em promover luteólise na ausência de um corpo lúteo (CL), podendo ser utilizada em dose única, porém, requer identificação prévia da presença do CL. Duas doses de PG podem ser administradas com intervalo de 11 a 14 dias, obtendo-se assim melhores índices de sincronização do estro após a segunda dose. Uma das limitações da utilização de PG é a baixa taxa de sincronização e indução do estro sendo dependente do estágio do desenvolvimento folicular no momento da administração da PG. A partir deste fato torna-se obrigatório o controle dos sinais de estro para fins de inseminação artificial (IA) e transferência de embriões (TE). Com o uso de progestágenos (P4) foi possibilitado à IA e a TE serem realizadas sem a necessidade da observação de estro (IATF e TETF), além de utilizar este protocolo em qualquer fase do ciclo, mesmo em vacas em anestro, porém, com um investimento inicial maior para a sincronização. Este trabalho teve como objetivo de comparar à eficiência e os custos dos protocolos a base de P4 e PG para a sincronização dos estros com fins de TE. Foram sincronizadas 238 receptoras com idades variando entre 18 e 36 meses de diferentes graus de sangue, em três diferentes propriedades e regiões do Estado do RS. A condição corporal média foi de 2,98 (escala de 1 a 5), avaliadas no momento do início das sincronizações. Estas fêmeas foram sincronizadas no período de setembro de 2012 a abril de 2013. Os grupos de implante de P4 e PG foram formados conforme a disponibilidade do número de receptoras em cada propriedade, tendo grupos somente com implantes ou PG ou das duas técnicas. O total de fêmeas para TETF foi de 145 e 93 para PG. A taxa de utilização (presença de CL desenvolvido) das receptoras para TETF foi de 89% e para PG foi de 62,3%. As taxas de prenhezes obtidas foram, respectivamente, após a TE de frescos e congelados de 42,5% (45/106) e 38,3% (31/81). Para TETF e PG foram de 41,8% (54/129) e 37,9% (22/58) respectivamente, independemente de serem frescos ou congelados. Não foi observada diferença significativa nas taxas de prenhez (p=0,61) no teste do qui-quadrado. O custo final da sincronização da receptara prenhe foi de R$ 28,62 e R$26,60 respectivamente para TETF e PG. Em conclusão, o custo final foi semelhante, no entanto, com o uso de P4 foi maximizado o número de receptoras quando se compara ao protocolo a base de PG.


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