Última alteração: 29-10-2013
Resumo
Ocorrência de feridas em equinos tem alta incidência clínica em membros apendiculares, o conhecimento da cicatrização e sua documentação é importante no seu seguimento. A evolução cicatricial pode ser subjetiva, em geral essas não tem características lineares o que dificulta estabelecer a área e perímetro, devido aposição de tecidos. Parâmetros dimensão e resolução, são dependentes da configuração da máquina fotográfica e podem proporcionar dimensões diferentes da apreciação clínica, esses devem permitir a medição para estudos, docência e pesquisas. Valorar a utilidade do Osirix® para medir a cicatrização a partir de arquivos JPEG (Joint Photographics Experts Group). Aquisição de imagens, da zona articular tibiotarsiana dorsal do membro pélvico direito em estação, apoiado, com câmera Nikon® D70, (3008 x 2000 pixels), flash embutido e uso de objetiva 18-55 mm VR. Utilização de software Osirix® (v.5.7), instalado em iMac®, (monitor de 20 polegadas, processador 2,4 GHz, Core 2 Duo, software Os X 10.8.4) da Faculdade de Veterinária. A documentação fotográfica requere inserção de um gabarito paralelo a lente em mesmo plano da ferida; para minimizar a distorção entre o real (paciente) e virtual (fotografia). Técnica fotográfica consiste em ajustar olho, ocular e objetiva formando um eixo perpendicular ao objeto, evitando a incidência obliqua, diminuindo assim o efeito tilt shift. Depois da importação das imagens, a delimitação da borda das feridas com o mouse, mediante a ferramenta Lápis e posterior ajustes com o Repulsor, delimitando a zona sem epitelização, apresenta a medida da área em pixels (px²) e perímetro em centímetro (cm) na condição de máxima resolução (full). Seguido do estabelecimento da medida lógica 2 cm (régua), ao calibrar ROI, em duas zonas distintas da imagem e avaliadas separadas. Estudo das imagens feito nos dias 1, 4, 8, 11 y 17. Imagens geradas com medidas, exportadas em formato JPEG. Estabelecimento da medida em condição full, não permite aportar o real tamanho. Definição de tamanhos na porção proximal diferiu da porção descontinua distal da ferida, a respeito da evolução. Em fotografias apenas redimensionadas na relação, pixel – centímetro (100:1) virtual, no dia 4 apresentou cicatrização de área (8,0/14,0 cm²) 42,9% proximal e (5,8/9,9 cm²) 41,4% distal virtual. Nas fotos do dia 4 calibradas, o tamanho real aportado na cicatrização foi (12,9/13,9 cm²) 7,9% proximal e (10,3/13,0 cm²) 20,8% distal. Possivelmente a diferença acentuada no dia 4 se deve ao efeito tilt shift na medição redimensionada e também calibrada, atestado pela calibragem em cada zona da imagem. Cicatrização no dia 17, porção proximal teve área (8,2/13,9 cm²), represento 41,0%, já a porção distal (11,6/13,0 cm²), abrange 10,8% de cicatrização. Essa condição pode ser devido distintas localizações com sitio anatómico menos propicio a cicatrização. Osirix® permite dimensionar com fiabilidade imagens calibradas (medida lógica), onde o virtual equivale ao real.