Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Análise do polimorfismo H186R do gene APOBEC3 em pacientes HIV positivos
Julia do Amaral Gomes, Vagner Ricardo Lunge, Jorge Umberto Béria, Daniela Cardoso Tietzmann, Airton Tetelbom Stein, Daniel Simon

Última alteração: 29-10-2013

Resumo


A família de proteínas APOBEC é um grupo de citidinas desaminases que fazem a edição de sequências de DNA/RNA, sendo restrita a vertebrados. Em humanos, existem 11 membros com diferentes funções, dentre os quais 7 são genes APOBEC3 localizados no cromossomo 22. Estas enzimas são capazes de editar DNA fita simples e reconhecer sequências alvo específicas, desempenhando assim um importante papel na imunidade inata, agindo na defesa do hospedeiro contra vírus exógenos e retroelementos endógenos. Além disso, as enzimas desta família exibem fenótipos de edição independentes. A enzima APOBEC3G (A3G) é responsável por uma hipermutação em células infectadas com HIV, ela faz a edição na fita negativa do DNA complementar (cDNA) durante a transcrição reversa, onde desamina resíduos dC originando dU. A frequência dessa mudança pode exceder 10%, produzindo virions defeituosos no ciclo replicativo subsequente e levando à degradação do DNA pró-viral. A enzima A3G também ativa o sistema imune do hospedeiro, pois os vírus defeituosos produzidos codificam proteínas deformadas que são fontes de antígenos virais e ativam CD8+ e células T citotóxicas. Além disso, a enzima aumenta o reconhecimento de células infectadas pelo HIV pelas células natural killers através da ativação da resposta de reparo do DNA. Foram descritas variantes do gene APOBEC3G associadas ao aumento de risco de aquisição do HIV, aumento da carga viral, declínio de células T CD4+ e progressão para AIDS. Dentre estas variantes, o polimorfismo H186R, localizado no éxon 4, pode afetar a atividade do gene ou seus níveis de expressão, alterando sua interação com outras proteínas, ou modificando a função de edição. O presente estudo visa analisar o polimorfismo H186R do gene APOBEC3G em pacientes portadores do HIV. Serão analisados 580 indivíduos adultos, usuários do serviço de atendimento especializado (SAE) e do centro de testagem e aconselhamento (CTA), em Canoas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Luterana do Brasil e todos participantes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. No presente momento estão sendo feitas as extrações de DNA. As amostras serão amplificadas através da reação em cadeia da polimerase (PCR) e a genotipagem será realizada pela clivagem dos fragmentos amplificados com a enzima de restrição HhaI seguida de eletroforese em gel de poliacrilamida. Comparações entre os grupos serão realizadas após o encerramento das genotipagens.

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