Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Estudo das interações entre células-tronco mesenquimais e células endoteliais
Felipe de Almeida Narciso, Bruno Côrrea Bellagamba, Pedro Bins Ely, Lindolfo da Silva Meirelles

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


As células-tronco mesenquimais (CTMs) são de grande importância para a engenharia de tecidos e para a medicina regenerativa em geral, pois podem atuar como agentes terapêuticos para diversos tipos de lesões e doenças. As CTMs estão associadas aos vasos sanguíneos e, por isso, são encontradas em praticamente todos os órgãos e tecidos pós-natais. As células endoteliais (CEs) formam as paredes internas dos vasos sanguíneos, onde interagem com os pericitos. Pericitos são células que estabilizam os vasos sanguíneos e contribuem para a homeostase do organismo, além de poderem dar origem às CTMs que atuam no reparo de lesões. Este estudo tem como objetivo analisar a interação entre CTMs e CEs in vitro e também investigar possíveis alterações fenotípicas induzidas pelo contato entre essas células durante o cocultivo. Neste estudo estão sendo utilizadas CTMs humanas e uma linhagem de células endoteliais de camundongos (EOMA). O cultivo dessas células é feito a 37°C em atmosfera umidificada e com teor de 5% de CO2. O isolamento de CTMs é feito por digestão enzimática do tecido adiposo. As CTMs são cultivadas em meio DMEM suplementado com HEPES, 10% de soro fetal bovino (SFB) e antibióticos. As CEs são mantidas em meio DMEM com 10% de SFB e antibióticos. As CTMs e as células EOMA foram cocultivadas por 15 dias. As CTMs apresentaram morfologia característica e proliferaram a uma taxa de 0,334 duplicações de população por dia. Durante o cocultivo das CTMs com as células EOMA, pôde-se observar a formação de estruturas tubulares logo após 3 dias de cultivo e que se mantiveram por 15 dias. Foi confirmado, por observação em microscópio invertido, que as estruturas tubulares foram formadas pelas células EOMA através da interação com as CTMs, já que nenhum dos tipos celulares é capaz de formar estas estruturas tubulares quando cultivados sozinhos. Como perspectivas, espera-se implementar o isolamento de CEs humanas a partir de tecido adiposo e realizarem-se análises moleculares mais detalhadas acerca da interação entre as CTMs e as CEs.


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