Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Desempenho Reprodutivo de Novilhas de Corte Submetidas a Protocolos para Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF)
Leonardo Rocha da Silva, Carlos Santos Gottschall

Última alteração: 30-10-2013

Resumo


Estudos demonstram que novilhas que concebem mais cedo têm maior probabilidade de gestar na estação reprodutiva subsequente. O presente trabalho teve por objetivos verificar a taxa de prenhez à IATF em novilhas de corte submetidas a três protocolos distintos e a taxa de prenhez final destas novilhas. Foram utilizados dados de 368 animais cruzas Hereford e Braford, entre dois e três anos de idade, com peso e escore de condição corporal (ECC) médios de 304 kg e 3,4 (escala de 1 a 5). As novilhas foram distribuídas aleatoriamente em três grupos, respeitando-se a proporcionalidade entre as idades. O grupo PEPE1 formou-se a partir da inserção de um implante intravaginal de progesterona (P4) de uso único com concentração de 0,75g de P4 e aplicação muscular (i.m.) de benzoato de estradiol (BE) na dose de 2mg no dia 0, aplicação de 0,35mg de prostaglandina (PGF2α) i.m. no dia 8, por ocasião da retirada dos implantes, e aplicação de 1mg de BE/i.m. no dia 9, procedendo-se a IATF 30-32 horas após a última aplicação de BE (dia 10) em 99 novilhas de dois anos e 28 de três anos (n = 127). O grupo PEPE2 diferiu apenas no tipo e uso do implante intravaginal, sendo este de 1g previamente usado por uma vez (2º uso) em 99 animais de dois anos e 17 de três anos (n = 116). O terceiro grupo, OVSYNCH+P4, formou-se a partir da inserção de um implante intravaginal com 1g de P4 previamente usado por duas vezes (3º uso) e aplicação i.m de 0,01mg de GnRH no dia 0, retirada dos implantes e aplicação de 0,35mg de PGF2α/i.m. no dia 7, aplicação de 0,01mg de GnRH/i.m. no dia 9 pela manhã e IATF 12 horas depois (dia 9 pela tarde) em 100 animais de dois anos e 25 de três anos (n = 125). Sete dias após a inseminação todas as novilhas foram submetidas a repasse com touros na proporção de 3% por mais 48 dias. O diagnóstico de gestação foi realizado por palpação retal 40 dias após a inseminação e 60 dias após o repasse com touros para diagnóstico de prenhez à IATF e prenhez final, respectivamente. Os resultados de prenhez à IATF foram de 46,5% (59/127) para PEPE1, 43,1% (50/116) para PEPE2 e 48,0% (60/125) para OVSYNCH+P4, sem significância estatística (P>0,05). A taxa de prenhez final foi de 89,0% (113/127) para PEPE1, 93,1% (108/116) para PEPE2 e 90,4% (113/125) para OVSYNCH+P4, sem significância estatística (P>0,05). Os dados de peso e ECC foram analisados por ANOVA e a taxa de prenhez pelo Qui-quadrado em função do grupo. Os diferentes implantes de P4 e suas reutilizações não interferiram nos resultados de prenhez à IATF e prenhez final para novilhas de corte. O protocolo OvSynch pode representar uma alternativa adicional para a terceira reutilização de implantes intravaginais com 1g de P4, quando novos, sem prejudicar a eficiência reprodutiva de novilhas de corte.


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