Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Transtornos mentais comuns e relações familiares e com amigos entre adolescentes escolares da Região Metropolitana de Porto Alegre
Mara Cristiane Von Mühlen, Fabiane klering, Mariane Fagundes Stechman, Caroline Do Val Marques, Sheila Golçalves Câmara, Denise Ganzo Aerts, Gehysa Guimarães

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


As relações familiares e com os pares são fontes relevantes de suporte psíquico bem como facilitadores do processo de transição que ocorre na adolescência. Nesse contexto, independente da configuração familiar, um vínculo positivo serve de reforço para que os adolescentes tenham um maior ajustamento perante as adversidades, servindo de fator de proteção no que tange aos transtornos mentais comuns (TMCs). Estes estão relacionados a sintomas como insônia, cefaleia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração, tristeza, ansiedade e preocupação somática. Englobam problemas usuais na população e, embora considerados de uma morbidade psiquiátrica menor, causam sofrimento e prejuízo funcional aos seus portadores que são identificados e tratados em pequeno número.  Diante disso, este estudo visou avaliar a diferença entre as médias obtidas nas relações familiares e com amigos e as médias dos grupos com ou sem TMCs. Participaram do estudo 654 adolescentes escolares da Região Metropolitana de Porto Alegre de ambos os sexos, dentre os quais 53,1% eram do sexo feminino e 76,3% se consideraram brancos. As idades variaram de 12 a 19 anos (m=14,2 anos; DP= 1,02). A coleta do material foi realizada por bolsistas de Iniciação Científica, após o consentimento expresso dos pais, e os instrumentos utilizados foram: Inquérito sociodemográfico; Inventário de Condutas Saudáveis em Escolares e Questionário Geral da Saúde (GHQ-12). Para a análise dos dados foi utilizada a análise univariada para descrição da amostra e análise inferencial t de student para comparação das médias. A prevalência de TMCs foi de 28,1% e o grupo sem TMCs apresentou uma maior coesão familiar, comunicação com o pai, com a mãe, com irmãos, irmãs, com amigos bem como um menor sentimento de solidão e uma maior pontuação em novas amizades.  Diante disso, percebe-se a relevância das relações familiares e com amigos para um desenvolvimento psíquico saudável, servindo de fatores de proteção no que concerne aos TMCs. Portanto, faz-se necessário um olhar atento ao contexto familiar e social no qual os adolescentes estão inseridos.


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