Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Estratégias de enfrentamento a situações estressantes e estilos de vida de adolescentes escolares da Região Metropolitana de Porto Alegre
Fabiane Klering, Mara Cristiane von Mühlen, Mariana Fagundes Stechman, Caroline Do Val Marques, Sheila Gonçalves Camara, Denise Ganzo Aerts, Gehysa Guimarães

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


A partir dos estudos sobre a Psicologia Positiva cresce mais o interesse em pesquisas que valorizem aspectos saudáveis dos indivíduos. Por ser a adolescência um período de significativas mudanças e, portanto, um período de intervenções psicossociais, é de extrema relevância uma atenção especial aos estilos de vida dos adolescentes. Os estilos de vida abarcam os padrões de consumo, rotinas e hábitos que estão expressos no comportamento. Nesse contexto, pode-se avaliar as estratégias de coping, que são as formas como o adolescente lida com as situações estressantes. O coping pode ser focado no problema, quando o intuito é resolvê-lo, fazendo uso do apoio social, profissional ou do coping ativo, que é a resolução direta do problema. Além disso, pode-se ser focado na emoção, quando há o desejo de se aliviar do problema. Nesse caso, pode-se fazer uso da evitação ou da religiosidade. O presente estudo buscou investigar a associação entre estratégias de coping e estilos de vida entre adolescentes escolares. Participaram do estudo 2047 adolescentes escolares da Região Metropolitana de Porto Alegre, RS, dentre os quais 53,7% eram do sexo feminino e 74,4 se consideraram brancos. As idades variaram de 12 a 19 anos (m=14,35; DP=1,06). A coleta de dados foi realizada no contexto escolar, após aprovação das escolas e consentimento expresso dos pais dos alunos. Como instrumentos foram utilizados Inquérito sociodemográfico; Comportamentos de Saúde entre Escolares (Health Behavior in Schoolchildren) para avaliar os índices de comportamentos relativos a estilos de vida, e Escala de Estratégias de Coping para Adolescentes. Os resultados demonstraram relação entre estratégias de coping e estilos de vida, tanto em âmbitos específicos quanto de forma geral. Nesse sentido, as estratégias focalizadas no problema apresentaram associação positiva significativa com o consumo de alimentos saudáveis e a pratica de atividade física. O maior uso da estratégia de evitação associou-se a um maior consumo de tabaco. Já a estratégia de religiosidade associou-se com o menor consumo de maconha e maior consumo de alimentos saudáveis. Os resultados evidenciam a importância das estratégias de coping para o estilo de vida, no que tange a padrões mais duradouros no decorrer do ciclo vital.

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