Última alteração: 30-10-2013
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi verificar se mudanças na arquitetura do osso trabecular de pacientes submetidos a implantes dentais podem der detectadas pela dimensão fractal, em relação a sexo e idade, usando um programa de análise de imagens em radiografias periapicais digitais. A amostra foi composta por 19 pacientes com idade superior a 25 anos, com necessidade de implantes odontológicos na região posterior de maxila e mandíbula. As radiografias periapicais digitais foram realizadas no Serviço de Radiologia do Curso de Odontologia da ULBRA-Canoas com aparelho de raios X TIMEX – 70C (Gnatus® - Ribeirão Preto - SP), operando em 70 kV e 8 mA. Os pacientes foram radiografados pelo mesmo profissional, utilizando o sistema de digitalização com placa de fósforo Dürr VistaScan Mini EasyÒ (Dürr Dental AG, Bietigheim-Bissingen Germany), em diferentes tempos: no pré-operatório (T0), uma semana (T1) e seis semanas após a colocação do implante (T6). As imagens radiográficas resultantes foram salvas e abertas no programa ImageJ® (NIH, National Institute of Health, Bethesda, MD, USA), Com o objetivo de obter estimativas dos parâmetros do trabeculado, as regiões de interesse (ROIs) foram selecionadas englobando as áreas onde foram colocados os implantes (pré-molares e molares superiores e inferiores de maxila e mandíbula) e feitas as medidas da dimensão fractal. Os dados foram analisados pelo teste não-paramétrico de Friedman. Os resultados foram considerados significativos a um nível de significância máximo de 5% (p£0,05) e o software utilizado para essa análise foi o SPSS versão 13.0. Os resultados mostraram 73,7% mulheres e 23,6% homens, com idade média de 49,21anos (DP 11,57). A faixa etária mostrou 52,6% pacientes com menos de 50 anos e 47,4% com mais de 50 anos, idade média de 49,21 anos. Na comparação das médias das medidas da dimensão fractal entre os sexos verificou-se no sexo feminino (T0) foi de 1.62, (T1) 1.64 e T6 1.60 (p=0,382). No sexo masculino (T0) foi de 1.61, (T1) foi 1.61 e (T6) foi de 1.61 (p=0,946). Na comparação das médias das medidas da dimensão fractal por idade observa-se que para a idade menos de 50 anos (T0) foi de 1.64, (T1) foi 1.63 e (T6) foi de 1.60 (p=0,656). Para os pacientes de 50 anos ou mais (T0) foi de 1.59, (T1) foi 1.63 e (T6) foi de 1.61(p=0,318). Através dos resultados do teste não paramétrico de Friedman verifica-se que não há diferença significativa para os valores observados nos tempos T0, T1 e T6 por sexo e idade. Concluiu-se que não houve variação na morfologia óssea da maxila e mandíbula pela análise da DF em radiografias periapicais digitais feitas no pré e pós operatório quando colocados implantes dentais.