Última alteração: 29-10-2013
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi verificar se mudanças na arquitetura do osso trabecular de pacientes submetidos a implantes dentais podem ser detectadas pela dimensão fractal, em diferentes tempos e regiões, usando um programa de análise de imagens em radiografias periapicais digitais. A amostra foi composta por 19 pacientes com idade superior a 25 anos, com necessidade de implantes odontológicos na região posterior de maxila e mandíbula. As radiografias periapicais digitais foram realizadas no Serviço de Radiologia do Curso de Odontologia da ULBRA-Canoas com aparelho de raios X TIMEX – 70C (Gnatus® - Ribeirão Preto - SP), operando em 70 kV e 8 mA. Os pacientes foram radiografados pelo mesmo profissional, utilizando o sistema de digitalização com placa de fósforo Dürr VistaScan Mini EasyÒ (Dürr Dental AG, Bietigheim-Bissingen Germany), no pré-operatório (T0), uma semana (T1) e seis semanas (T6) após a colocação do implante. As imagens radiográficas resultantes foram salvas e abertas no programa ImageJ® (NIH, National Institute of Health, Bethesda, MD, USA). Com o objetivo de obter estimativas dos parâmetros do trabeculado, as regiões de interesse (ROIs) foram selecionadas englobando as áreas onde foram colocados os implantes (pré-molares e molares superiores e inferiores de maxila e mandíbula). Os dados foram analisados pelo teste não paramétrico de Friedman. Os resultados foram considerados significativos a um nível de significância máximo de 5% (p£0,05) e o software utilizado para essa análise foi o SPSS versão 13.0. Os resultados mostraram a região inferior com 68,4% e a superior com 31,6% dos casos. Na comparação das médias das medidas da dimensão fractal entre os tempos verificou-se no (T0) foi 1.62, (T1) 1.63 e T6 de 1.61 (p=0,394). Na comparação das médias das medidas da dimensão fractal na região inferior, (T0) foi 1.63, (T1) foi 1.63 e (T6) foi de 1.62 (p=0,646). Na região superior (T0) foi 1.58, (T1) foi 1.62 e (T6) foi de 1.57 (p=0,115). Não há diferença significativa nos valores de DF entre diferentes tempos (p=0,394) e regiões, região inferior (p=0,646), superior (p=0,115). Concluiu-se que não houve variação na morfologia óssea da maxila e mandíbula pela análise da DF em radiografias periapicais digitais feitas no pré e pós-operatório quando colocados implantes dentais.