Este trabalho apresenta os resultados parciais de um projeto, cujo objetivo é produzir e caracterizar compósitos magnéticos macios (Soft Magnetic Composites - SMC). Os compósitos magnéticos macios são materiais produzidos a partir de pequenas partículas de pó de ferro recobertas com uma fina camada de dielétrico, que confere isolação elétrica e aglutinamento dos grãos. Esse material possui alta resistividade e isotropia magnética tridimensional. Essas características fazem do SMC um material adequado para ser aplicado à construção de núcleos de dispositivos eletromagnéticos submetidos a campo magnéticos variáveis e com distribuição tridimensional. Amostras em forma de anel foram produzidas, com diferentes percentuais em massa de material dielétrico e com diferentes pressões de compactação. Testes serão realizados para avaliar as características magnéticas das amostras produzidas. Para isso, cada amostra produzida será utilizada como núcleo de um circuito magnético. Em torno de cada núcleo serão montadas duas bobinas idênticas, sendo que uma corresponde ao enrolamento primário, e a outra, ao secundário.  A bancada para caracterização das propriedades magnéticas conterá um computador, um osciloscópio e uma fonte de alimentação com tensão alternada de amplitude e frequência variáveis. Os canais 1 e  2 do osciloscópio permitirão a medição dos valores da corrente de excitação e da força eletromotriz induzida secundário no enrolamento. A Ponteira 1 do osciloscópio será conectada através dos terminais de um resistor de baixa resistência colocado em série com o enrolamento primário. A medição da tensão secundária será feita diretamente através da conexão da ponteira 2 do osciloscópio aos terminais do enrolamento secundário. Os valores de corrente de excitação e da força eletromotriz induzida no enrolamento secundário serão convertidos nos valores de intensidade de campo magnético e de densidade de fluxo magnético, respectivamente. Conhecendo-se o comprimento médio do circuito magnético e o número de espiras da bobina primária, , é possível determinar o valor da intensidade de campo magnético a partir do valor medido de corrente de excitação. É possível determinar o valor máximo da densidade de fluxo magnético a partir do valor medido de tensão induzida no enrolamento secundário, se são conhecidos a frequência da tensão aplicada ao enrolamento primário, o número de espiras do enrolamento secundário e a área da seção do núcleo. Durante os testes de caracterização magnética, para cada amostra, são medidos diversos valores de corrente de excitação e seus respectivos valores de tensão induzida no enrolamento secundário. Esses valores convertidos para intensidade de campo magnético e em densidade de fluxo magnético produzirão a curva de magnetização da amostra ensaiada.