As reflexões neste trabalho apresentadas fazem parte do projeto de pesquisa Guerra e Religião-Estudo de textos e imagens do Mundo Antigo Oriental. O projeto é desenvolvido no LAPEMA (Laboratório de pesquisa do Mundo Antigo). Os relevos sobre pedra de alabastro nos evidenciam uma das mais significativas manifestações artísticas e culturais de uma época. São imagens de um tempo que revelam saberes, memórias, desejos, sonhos e questionamentos onde os Assírios esculpiram a sua história. Este povo que ocupou a região da Mesopotâmia atual Iraque foram os que mais documentaram suas batalhas e conquistas através da arte parietal. No mundo assírio o rei era visto como o instrumento através do qual os desejos dos deuses eram implementados no mundo, portanto toda a beligerante e agressiva política empreendida pelos monarcas era justificada. Estes baixos-relevos sobre lajes de alabastro recobriam as paredes dos palácios, porém não eram meros objetos de decoração, mas relatos que tinham a função de ecoar e fustigar a memória determinando os destinos dos soberanos e do reino. O tratamento dados às imagens foi aquele preconizado pela iconologia baseada em Erwin Panofsky que consiste em descrição pré-iconográfica, onde se enumeram os motivos artísticos e analisam-se séries de imagens; análise iconográfica que é a identificação de imagens, estórias e alegorias, combinando os motivos artísticos com os temas e conceitos a serem estudados e interpretação iconológica, que é a descoberta e interpretação dos valores simbólicos nas imagens. À medida que o império assírio se expande e alteram-se os monarcas a arte assíria se modifica são as inspirações, os traços e a profundidade dos relevos  que nos mostram que a constituição do império esta ligada as concepções artísticas, mas também a ações bélicas empreendidas pelo exército. Nesta perspectiva pretende-se estudar mais de um período desta civilização dentro da temática da deportação unindo imagem e texto analisando o contexto histórico localizando suas mudanças e transformações.