O termo Big Data é usado para definir toda a quantidade de informações que temos disponíveis, sejam elas estruturadas ou não estruturadas, sendo que estas contemplam tanto informações cadastrais organizadas em uma base de dados de uma grande empresa ou simples postagens aleatórias em uma rede social, como exemplo, Facebook. Muitas empresas já se valem dessa tendência para prever padrões, incitar o cliente ao consumo, pois funciona muito bem como estratégia de propaganda publicitária, já que, tendo os dados do cliente disponível, fica fácil compreender de que o mesmo precisa. Com isso, se está propondo também a inserção do big data no ensino de ciências, visto que, com algumas ferramentas gratuitas e públicas disponíveis, tais como Microsoft Geoflow, Google Correlate, Google Trends, entre outras que ainda poderão surgir. Com estas ferramentas se poderiam encontrar correlações inesperadas e até mesmo surpreendentes, que do ponto de vista científico, poderiam traçar a origem de fenômenos interessantes e através destas relações inusitadas instigar o aluno a entender o real motivo da mesma. Para isso, nossa proposta tem embasamento no construcionismo de Papert, que ressalta a importância de ferramentas, mídias no desenvolvimento humano que implica numa relação aluno-objeto mediada por uma linguagem programação que promovem a autoaprendizagem e facilitam a construção de novos conhecimentos. O objetivo desta proposta didática é proporcionar aos estudantes uma nova visão da construção do conhecimento, especialmente numa melhor compreensão das noções de fenômeno, observação medida, leis físicas, teoria, causalidade, dentre outras, bem como a formação de uma nova geração de profissionais de ciências, familiarizados com os desafios científicos propostos pelo Big Data, tanto em termos científicos e técnicos como éticos. A metodologia ainda esta em construção, mas inicialmente consistirá em atividades de identificação de fenômenos de correlação, através de ferramentas gratuitas e publicas de Big Data, e posterior pesquisa de conhecimentos que permita, ou não, explicações causais para as correlações encontradas. Inicialmente, serão discutidas, com a coordenação do curso, possíveis formas de adequar as atividades deste projeto no curso, seja por incorporação a alguma disciplina, seja através de atividades complementares a serem desempenhadas pelos alunos interessados. Inicialmente será realizada uma aplicação piloto, durante o primeiro semestre letivo de 2014. Será feito um registro cuidadoso das atividades realizado e das reações dos alunos; ao final, será realizada uma avaliação crítica das atividades, de seus registros e de seu resultado para o desenvolvimento da compreensão dos alunos participantes sobre a construção do conhecimento físico, através de mapas conceituais ou de outra ferramenta apropriada, visando a eventual reformulação das atividades e sua readequação para nova aplicação, após discussão com Coordenação do Curso. Este trabalho está sendo parcialmente financiado por Bolsa de Iniciação Científica – PROBIC/FAPERGS proc. nº 1026-2551/13-3.