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A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) foi uma das maiores ameaças à saúde públicano século XXI, antes de ser controlada com métodos imunológicas, como as vacinas. Diante desse cenário, inúmeros ensaios clínicos sobre as vacinas contra a COVID-19 foram conduzidos a uma velocidade extraordinária. As vacinas contra o SARS-CoV-2, de diferentes laboratórios, puderam ser introduzidas no Brasil de forma gratuita para a toda a população e contribuíram de maneira significativa para a redução de sintomas e/ou contaminação pelo coronavírus. Objetivo foi avaliar a relação entre a taxa de vacinação contra COVID-19 (número de doses aplicadas em 11.895 habitantes) e a ocorrência de sintomas nos residentes da cidade de Canoas/RS. O estudo foi transversal analítico e exploratório. Foram utilizados testes rápidos de anticorpos para IgG e IgM, para COVID-19 através de uma amostra sanguínea. A coleta aconteceu de setembro e outubro de 2022 e foi realizado por alunas dos cursos de medicina e enfermagem ULBRA, bem como, pelos profissionais da saúde das UBS de Canoas. As coletas foram realizadas em dezesseis Unidades Básicas de Saúde (UBS), PECAN (Penitenciária Estadual de Canoas), Shopping e ULBRA. Foram realizadas aulas de capacitação para a coleta com profissionais da área da saúde no mês anterior à atividade. Quanto à frequência de doses da vacina, também foi encontrada uma associação significativa com a ocorrência de sintomas (p=0,01). Os indivíduos que receberam duas doses da vacina apresentaram uma proporção maior de casos positivos com sintomas leves, moderados e graves/críticos/muito graves. Por outro lado, os indivíduos que receberam uma, três ou quatro doses tiveram uma proporção menor de casos positivos com sintomas graves/críticos/muito graves. Esses resultados destacam as associações significativas entre o número de vacinação e a ocorrência de sintomas do COVID-19. A vacinação mostrou-se associada a uma menor proporção de casos de COVID-19 relacionados a sintomas graves da doença. As descobertas no presente estudo reforçam a indiscutível importância da vacinação como medida preventiva contra COVID-19 e como fator que pode influenciar positivamente o curso da doença e resposta imunológica.