Portal de Eventos da ULBRA., XXIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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DETECÇÃO DE ANTICORPOS IGG ANTI- TOXOPLASMA GONDII EM PRIMATAS ORIUNDOS DE UM CONSERVATÓRIO NO MUNICÍPIO DE VIAMÃO-RS
Ísis Moukaddem, Mariana Ferreira Feyh, Gisele Vaz Aguirre Samoel, Fernanda Silveira Flores Vogel, Bruna Zafalon da Silva, Fagner D'ambroso Fernandes

Última alteração: 02-11-2023

Resumo


A toxoplasmose é uma doença e uma importante zoonose que apresenta como etiologia a infecção por Toxoplasma gondii sendo este um protozoário coccídio intracelular obrigatório de distribuição global. Primatas, tanto do novo mundo como do velho mundo, apresentam alta sensibilidade à infecção pelo protozoário. As apresentações clínicas nestas espécies incluem hipertermia, anorexia, e principalmente, aborto. Estes animais podem entrar em contato com o agente, por meio da ingestão de alimentos e água contaminados com oocistos esporulados, ou também, por meio de tecidos contendo cistos teciduais. Adicionalmente, o acesso de felinos nestas áreas pode propiciar o aumento da taxa de infecção para os animais, pois são os únicos hospedeiros que eliminam pelas fezes os oocistos do parasita. O objetivo deste trabalho foi avaliar a detecção de anticorpos IgG anti- T. gondii em amostras sorológicas obtidas de primatas (Alauatta guariba, Callithrix jacchus, Sapajus sp), do Mantenedor de Fauna Silvestre Rincão do Araticum na Cidade de Viamão, RS, Brasil. Os animais foram apreendidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no município de Porto Alegre, RS. Para isso, as amostras de soro foram submetidas à técnica de Reação em Imunofluorescência Indireta no Laboratório de Doenças Parasitárias, da Universidade Federal de Santa Maria, admitindo amostras positivas, as que apresentassem anticorpos sob titulação de 1:32. Posteriormente, todas amostras que foram positivas, foram tituladas em 1:64 e 1:128. As amostras obtidas para este estudo eram provenientes de exames de rotina realizado nos animais, não necessitando a submissão do projeto ao Comitê de Ética no Uso de Animais. Como resultados, foi realizada a detecção de 7/35 (21,8%) amostras reagentes sob diluição 1:32; 5/7 (14,2%) foram reagentes sob diluição 1:64; e 3/5 (8,5%) foram reagentes sob diluição 1:128. Embora algumas das amostras reagentes tenham origem em animais de apreensão e outros de captura por inaptidão, não podemos determinar com certeza se esses animais foram infectados enquanto estavam sob cuidados do mantenedor ou se a infecção ocorreu em vida livre. No entanto, é crucial manter a vigilância em relação à alimentação fornecida aos animais, a procedência da água utilizada e a presença de felinos no ambiente onde esses animais estão sob cuidados, a fim de prevenir não apenas casos individuais, mas também surtos dentro das instalações de manutenção.

Palavras-chave: Toxoplasmose; Primatas; Vigilância.


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