Última alteração: 09-10-2024
Resumo
ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DO POLIMORFISMO -174G/C DO GENE DA INTERLEUCINA-6 COM O DIABETES GESTACIONAL
Ana Carolina Ballesteiros Paglioli[1];
Vanessa de Souza Bizarro[2];
Carolina Dias2,[3];
Gian de Almeida Siebert2,3;
Camila Ferraz2,3;
Daniel Simon2,3.
A diabetes mellitus gestacional (DMG) é uma condição metabólica temporária durante o pré-natal que, se não for monitorada e tratada, pode influenciar o risco de complicações maternas e neonatais e/ou a suscetibilidade ao diabetes mellitus tipo 2 pós-natal. A prevalência brasileira é de aproximadamente 10%. Diversos fatores podem contribuir para o risco de DMG, sendo o histórico familiar um dos principais fatores de risco, além de obesidade e idade materna avançada. A DMG é caracterizada pela resistência à insulina, ocasionando aumento dos níveis de glicose no sangue, produção de hormônios placentários e estresse fisiológico. Estudos sugerem que a citocina inflamatória interleucina-6 (IL-6) está envolvida na patogênese da DMG, e níveis elevados dessa citocina podem agravar a resistência à insulina. Estudos sugerem uma associação entre o polimorfismo -174G/C no gene IL-6 e a suscetibilidade ao diabetes gestacional. O presente estudo teve por objetivo analisar a associação entre o polimorfismo -174G/C e desfechos neonatais em gestações com DMG. Foi realizado um estudo de coorte com 80 gestantes com DMG atendidas no Serviço de Pré-Natal de Alto Risco (PNAR) do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), em Porto Alegre. As análises genéticas foram feitas por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) seguida de digestão por enzima de restrição.. A idade média das gestantes foi de 28,1 ± 7,3 anos. A frequência do alelo G foi de 76,3% e o genótipo GG foi observado em 57,5% das gestantes. A maioria dos recém-nascidos apresentou peso normal ao nascer e pontuações adequadas no teste de APGAR. Os resultados encontrados sugerem que polimorfismo -174G/C do gene da IL-6 não esteja associado aos desfechos de DMG. A continuidade do estudo prevê o aumento do tamanho amostral analisado (n=600), objetivando um poder estatístico adequado para as análises estatísticas. Além disso, serão determinados os níveis séricos da interleucina 6 ao longo da gestação (com amostras coletadas em diferentes períodos gestacionais, variando de 1 a 8 por gestante, em um total de mais de 1.500 amostras) e será avaliada a sua associação com o desenvolvimento de desfechos gestacionais adversos. De forma similar, será analisada sua correlação dos níveis séricos de IL-6 com os genótipos do polimorfismo -174G/C do gene IL-6.
Palavras-chave: polimorfismo; interleucina-6; diabetes mellitus gestacional; desfecho neonatal.
[1] Acadêmica do Curso de Medicina/ULBRA, Bolsista CNPq, ac.paglioli@rede.ulbra.br;
[2] Laboratório de Genética Molecular Humana;
[3] Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde (PPGBioSaúde/ULBRA).