Última alteração: 21-10-2023
Resumo
Esta pesquisa faz parte do projeto que avalia a qualidade do sono entre os acadêmicos da área da saúde. Em geral, os universitários são negligentes com a qualidade do próprio sono, sendo esse um dos primeiros hábitos a sofrer alterações após o ingresso ao ensino superior. Frequentemente, os estudantes optam por reduzir a quantidade de horas destinadas ao descanso noturno em prol de horas extras para estudar e/ou trabalhar. O objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemográfico dos acadêmicos da área da saúde em uma universidade no Sul do Brasil. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de caráter quantitativo. Foi realizado um estudo com alunos matriculados na ULBRA, utilizando uma amostra por conveniência e coleta de dados por meio de uma entrevista e um questionário sociodemográfico. A pesquisa foi aprovada no CEP (CAAE - 69296523.8.0000.5349). A pesquisa envolveu 313 estudantes, com a maioria sendo do sexo feminino (79,87%), solteiros (77%), autodeclarados brancos (89,1%), sem filhos (79,5%) e com uma média de idade de 26,4 anos. Sobre a atuação profissional, 54,3% trabalhavam em uma profissão ao mesmo tempo em que cursavam a graduação, e 46,1% relataram ter uma renda familiar de até 4 salários-mínimos. Em relação à naturalidade, a maioria dos participantes (91,7%) nasceu no Estado do Rio Grande do Sul, com 62% deles sendo naturais da região metropolitana de Porto Alegre. Embora apenas 22,1% tenham mencionado ter alguma doença crônica, a maioria dos entrevistados (53,5%) demonstrou uma percepção negativa em relação à própria saúde. Este perfil de estudantes na área da saúde, majoritariamente composto por mulheres, reflete uma tendência nacional e internacional de feminização da profissão de cuidado. Além disso, a insatisfação com a própria saúde, mesmo na ausência de doenças crônicas conhecidas, pode ser explicada pela definição ampla de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou incapacidade. Portanto, esse estudo destaca a importância de uma abordagem mais abrangente da educação em saúde, que leve em consideração a complexidade do processo saúde-doença.
Palavras-chave: acadêmicos; saúde; perfil sociodemográfico.