Última alteração: 21-10-2023
Resumo
No Brasil, o uso de alguma substância ilícita na vida foi reportado por aproximadamente 15 milhões de indivíduos sendo mais frequentemente em pessoas do sexo masculino, principalmente na faixa de 18-34 anos, mas, aproximadamente, 4% da população de 12 a 17 anos já experimentou alguma droga ilícita durante a vida. Levantamentos epidemiológicos nacionais mostram que o maior consumo de drogas ilícitas na população está vinculado, de forma decrescente a: maconha (haxixe e skank), cocaína, crack e similares, LSD (dietilamida do ácido lisérgico), ecstasy (metanfetamina) e heroína. Objetivou-se, através de revisão narrativa de literatura, relacionar as diferentes manifestações estomatológicas em pacientes com adicção a drogas ilícitas, de maior prevalência de uso no Brasil. Os descritores, definidos para a identificação de publicações foram: Manifestações Bucais; Dependência de Drogas; Abuso de Cannabis; Abuso de Haxixe; Abuso de Cocaína; Fumar Cocaína; Metanfetamina, Metilenodioximetanfetamina; Dietilamida do Ácido Lisérgico, LSD; Abuso de Heroína.Foram identificadas, avaliadas e selecionadas 40 publicações nacionais e internacionais nas base de dados: National Center for Biotechnology Information (PubMed); Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) e Google Acadêmico. Pode-se concluir que todas as substâncias que provocam adicção induzem a alterações que comprometem a saúde bucal; a xerostomia está presente nos pacientes com adicções, independentemente, da droga relacionada; lesões cancerizáveis se apresentam nas adicções à cannabis (maconha e haxixe) e à cocaína e derivados (crack) e que a adicção prolongada à cocaína e derivados é causa de uma das lesões mais letais que podem se apresentar na região maxilo-facial: Lesão destrutiva de linha média.
Palavras-chave: adicções; abuso de drogas; saúde bucal; estomatologia.