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A integração entre a Vigilância em Saúde e a Rede de Atenção à Saúde é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades médicas da população em geral. No âmbito das zoonozes, o enteroparasito Strongyloides Sp. tem como hospedeiros cães, gatos, raposas e humanos. Relata-se nesse trabalho o caso de um canino, de 3 meses de idade, macho da raça Spitz alemão, com queixa principal de dor abdominal e diarreia atendido em um Hospital Veterinário de Porto Alegre, RS. Ao exame físico observou-se prostração, temperatura retal 39,2°C, frequência cardíaca de 200 batimentos por minuto, pressão arterial sistólica de 300mmHg, desidratação leve. Solicitado exames complementares de hemograma que notificou leucocitose (26.100) e ultrassonografia abdominal que evidenciou linfonodos jejunais evidentes, hipoecogênicos e homogêneos, caracterizando processo inflamatório. Foi indicado internação hospitalar e coleta de fezes para novos exames. No exame coproparasitológico pode-se observar presença de larvas de Strongyloides sp.. A espécie S. stercoralis é a mais frequente no acometimento da doença nos cães. O tratamento farmacológico contemplou o uso de sulfadoxina e trimetropina, dipirona, e vermífugo a base de febenzazol, pirantel e praziquantel. Após cinco dias de tratamento intra-hospitalar houve melhora clínica sendo possível a realização da alta médica. As zoonoses intestinais são um problema de saúde pública, a estrongiloidíase humana, infecção causada pelo S. Stercoralis, deve estar intimamente relacionada ao controle zoonótico dessa patologia, uma vez que o número de indivíduos potencialmente expostos, mas com quadro de infecção subclínico deva ser considerado. A prevenção da infecção é possível por meio da adoção da prevenção de verminoses nos animais através de vermífugos/vermicidas, boa higiene pessoal e ambiental, e abastecimento seguro de água potável.