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RELAÇÃO ENTRE COVID-19 E ASMA NA PEDIATRIA
Última alteração: 16-08-2023
Resumo
A asma é uma doença respiratória crônica com prevalência aproximada de 24,3% na pediatria. Devido a dispneia progressiva em pacientes positivados para SARS-COV-2 e uma possível hipóxia devido ao edema inflamatório pulmonar agudo, a asma passou a ser observada como possível fator de risco principalmente em pacientes pediátricos. O presente trabalho tem por objetivo analisar os estudos publicados nos últimos 2 anos a fim de estabelecer a relação entre pacientes asmáticos de idade pediátrica e a doença COVID-19. Revisão sistemática realizada por pesquisa, em 10 de outubro de 2022, nas bases de dados MEDLINE/PubMed, LILACS e SciELO. Incluídos os seguintes tipos de estudos: coorte, retrospectivos e transversais, que abordassem a relação entre asma e COVID-19 em crianças e adolescentes, e seus possíveis desfechos. Foram incluídos 4 artigos nesta revisão.: No geral os estudos referem que a asma foi destacada como uma condição pré-mórbida em 1,6% de todos os pacientes. Esse número está muito abaixo da prevalência de asma no mundo, sendo assim, não é fator de risco para agravamento da doença. Os estudos também relataram que os maiores fatores de agravamento da COVID-19 na pediatria são obesidade e diabetes, sendo assim, conclui-se que a asma não pode ser um fator de alívio, uma vez que o controle da obesidade e da diabetes apresentam melhor resultado no controle da COVID-19 em crianças. Baseado nos estudos analisados, conclui-se que a asma não é fator de risco e de futuras complicações e não é avaliada como fator de proteção em pacientes pediátricos, ou seja, crianças asmáticas e não asmáticas possuem o mesmo prognóstico.