Portal de Eventos da ULBRA., XXVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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MICOPLASMOSE EM FELINO – RELATO DE CASO
Juliana Trevisan Casarin, Clarissa Tariga Peixoto, Natalia de Oliveira Matte, Cristine Dossin Bastos Fischer

Última alteração: 16-08-2023

Resumo


Mycoplasma spp. corresponde as bactérias que parasitam a superfície das hemácias de várias espécies domésticas. A espécie Mycoplasma haemofelis é a mais frequente nos felinos. A principal forma de transmissão ocorre por meio da picada de ectoparasitos infectados. Relata-se neste trabalho o caso de um felino, macho, sem raça definida, de dois anos de idade, resgatado das ruas há um dia, atendido em uma clínica veterinária da cidade de Porto Alegre, RS. O responsável informou que o animal apresentava apatia, anorexia e mucosas ictéricas. Ao exame físico, observou-se icterícia em mucosas ocular e oral, desidratação e escore corporal baixo. A temperatura retal era de 39°C. Foram solicitados exames complementares para pesquisa de FIV/FELV com resultado negativo para ambos, hemograma completo, com presença de soro/plasma com icterícia acentuada, dosagem sérica de ALT e FA e esfregaço sanguíneo, no qual foram detectadas hemácias parasitadas por M. haemofelis. Não foi evidenciada anemia importante (hematócrito de 25%), apresentava trombocitopenia (175.000 μL), alteração nas enzimas ALT e FA (218 UI/L e 435 UI/L, respectivamente). Foi indicada internação hospitalar para tratamento com antibiótico à base de doxiciclina, terapia com corticoide, protetores hepático e biliar à base de SAdenosil-L-Metionina e ácido ursodesoxicólico e reposição hídrica. Após uma semana houve melhora progressiva do estado geral do felino viabilizando a continuidade do tratamento de forma domiciliar. A infecção por M. haemofelis é considerada uma doença oportunista e se não tratada pode levar à morte. Devido a sua principal forma de transmissão, a melhor maneira de prevenir a doença é o controle dos ectoparasitas.

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