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No Brasil, Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a fome afetou 43,1 milhões de pessoas nos anos de 2017 a 2019, cerca de 21% da população brasileira, causando a morte de 63.712 pessoas nos anos de 2008 a 2017. Apesar de recuar nos últimos anos, a fome voltou a aumentar no Brasil, sendo principalmente afetada pelo cenário da pandemia (IBGE). Este trabalho visa esclarecer quais as consequências dessa doença e o porquê combater a pobreza e a desigualdade social é de extrema importância para a saúde pública. Assim, o objetivo é analisar os indicadores de deficiência nutricional em crianças de 0 a 2 anos de cor e raça branca e preta no ano de 2020 através de dados do SISVAN. Com a análise dos dados, foi passível de compreensão que as crianças de 0 a 2 anos de raça e cor preta, possuem maior porcentagem de peso muito baixo ou peso baixo para a idade. A desnutrição infantil, além das determinantes ambientais e orgânicas, possui causas econômicas e sociais, assim a desnutrição deve ser um problema de saúde pública, necessitando ser diagnosticada e tratada como doença endêmica, presente na sociedade atual e alvo de ações curativas e principalmente preventivas (FERREIRA et al., 2013, p.51). O período crítico para o desenvolvimento da desnutrição infantil ocorre em crianças com 6 meses de vida até os 2 anos de idade, sendo importante promover o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses. Além disso, o combate à pobreza, a suplementação de vitaminas, e alimentos de qualidade são fundamentais para prevenir a desnutrição infantil. Conclui-se que a desnutrição é a ingestão ou absorção inadequada de nutrientes necessários para satisfazer as necessidades energéticas para o funcionamento normal do corpo ou de crescimento do organismo. A falta de nutrientes na alimentação traz consequências maléficas na vida e no desenvolvimento, podendo levar ao surgimento de doenças e, em crianças, a desnutrição causa o atraso no crescimento corporal e no aprendizado.