A experiência estética acontece quando o indivíduo está em contato com objetos do mundo e sente emoções. A comunicação, como uma área que busca aprofundar os conhecimentos sobre as interações sociais, dialoga com esse conceito. Essas experiências podem ser analisadas através das materialidades e do efeito de presença que os objetos geram ao estarem em contato com o corpo do indivíduo (GUMBRECHT, 2010). Com a midiatização, as redes sociais modificaram diversas relações, inclusive, a forma de conexão com o sagrado (MARTINO, 2016). A Quimbanda, ou Linha de Esquerda, também passou por essa transformação midiática. Ela é uma ramificação dos cultos de matriz africana, ao lado do Batuque Nação e da Umbanda, que cultua entidades chamadas Exus e Pomba-Giras. Atualmente, é possível encontrar vídeos de sessões de cerimônias da religião, veiculados por jornais religiosos gaúchos, como Grande Axé e Kizomba, em plataformas como Facebook e YouTube. Essa pesquisa busca analisar de que forma os rituais e cerimônias da Quimbanda, sejam elas públicas ou privadas, produzem experiência estética e presença. A metodologia é exploratória qualitativa, visto que é feito uma entrevista com o veículo religioso, tratando sobre a cobertura desses cultos, além da análise audiovisual dos elementos presentes nos vídeos publicados nas redes sociais desses jornais.

Palavras-chave: Experiência estética; midiatização; religião.