Além da pandemia trazer novos fatores de sofrimento e agravar outros já existentes na população em geral, determinados aspectos específicos da vida universitária também podem constituir fatores de risco ou de proteção para a saúde dessa população. No entanto, ainda existem muitas lacunas de conhecimento pois, o novo coronavírus é um mal especialmente recente. O objetivo do presente trabalho foi investigar a prevalência de transtornos mentais comuns entre os estudantes universitários durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo quantitativo e exploratório desenvolvido em uma Universidade da região metropolitana de Porto Alegre. Participaram deste estudo 89 estudantes universitários de ambos os sexos entre 17 e 55 anos. Foram enviados formulários do Google Forms para os participantes da pesquisa, que foram convidados a respondê-lo através das redes sociais e WhatsApp dos grupos de estudantes. Foi utilizada a escala SQR-20 para detecção de transtornos mentais comuns. Os dados foram analisados a partir de uma estatística descritiva. A escala SQR-20 possui um ponto de corte em 7 pontos. As pessoas com mais de 7 pontos, foram classificadas como portadoras de transtorno mental comum. Foi identificado que entre os 89 estudantes universitários que responderam o formulário SRQ-20, 58 fizeram uma pontuação igual ou maior do que 7. Sendo assim, 65% dos estudantes universitários estudados poderiam ser diagnosticados com transtornos mentais comuns. Concluímos que com a realização dessa pesquisa foi possível entender o impacto que a pandemia de COVID-19 causou em todas as áreas da vida dos estudantes universitários e, por este motivo, foi demonstrada uma expressiva prevalência de transtornos mentais comuns entre os estudantes universitários que residem na região metropolitana de Porto Alegre.