Última alteração: 08-12-2022
Resumo
O transtorno do espectro autista (TEA), caracterizado por deficiências na comunicação e na interação social juntamente com interesses e comportamentos restritos e repetitivos, desperta muita angústia em seus familiares, o que pode impactar na intervenção precoce, tão importante nestes casos. Assim, para investigar o impacto das emoções geradas pela comunicação diagnóstica de TEA na adesão ao tratamento de crianças autistas, este trabalho foi desenhado como uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória e descritiva por meio do uso de estudo de casos múltiplos com três mães e dois pais de 4 indivíduos de 6 a 21 anos com TEA. Deste grupo faziam parte dois casais e uma mãe divorciada, sendo que um dos casais tinha dois filhos com TEA. A partir das entrevistas realizadas pudemos verificar que a comunicação diagnóstica tem papel fundamental, pois é a partir de um entrosamento entre profissionais e familiares que uma rede de apoio é constituída e a terapia adequada a cada indivíduo, instituída. Perceber as necessidades dos pais e conduzir o processo de modo a ampará-los em suas dúvidas, medos e angústias se constitui na base do cuidado a indivíduos com TEA. Além disso, a pesquisa mostrou pais muito decididos e comprometidos com o desenvolvimento de seus filhos, mesmo diante de adversidades, o que corrobora a importância de conduta ativa dos pais na busca por informações e constituição de uma rede de profissionais que possa lhes ajudar em todo o tratamento do indivíduo com TEA.
Palavras-chave: transtorno do espectro autista; autismo; pais; comunicação; emoções.