Última alteração: 07-11-2022
Resumo
Introdução: A Dengue é uma doença infecciosa viral, do gênero Flavivirus, identificada por quatro sorotipos do vírus e transmitida principalmente pela espécie Aedes aegypti. Desde o processo de interiorização no RS, em 1990, foram estimados mais de 3 milhões de casos, nos últimos 40 anos, sendo uma questão fundamental de saúde pública a se tratar. Objetivos: O trabalho objetiva uma análise do perfil sócio demográfico dos acometidos por Dengue na região metropolitana do Rio Grande do Sul, entre 2017 e 2021. Metodologia: Estudo quantitativo, epidemiológico, documental, transversal, da região Metropolitana do Rio Grande do Sul, no período de 2017 a 2021, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (SINAN), incluindo as variáveis: sexo, faixa etária, raça, escolaridade, evolução do agravo e hospitalização, tabeladas no software Microsoft Excel 2020. Resultados: Foram notificados 1357 casos de dengue distribuídos em 47 municípios, com pelo menos 1 caso em cada um. Em relação às variáveis, 51,9% dos casos foram mulheres, 38,4% dos acometidos tinham a faixa etária de 20 e 39 anos, sendo 74,4% dos indivíduos autodeclarados brancos, e 42,5% não classificados em relação à escolaridade (Ign/Branco) no sistema. Somado a isso, 78,11% não precisaram de internação, tendo 74,24% dos casos curados, e nenhum óbito notificado. Considerações finais: O Rio Grande do Sul necessita de maior responsabilidade a fim de garantir o controle da doença. Assim, por meio de políticas públicas que envolvam aumento do número de aterros sanitários, coleta de lixo regular e esgotos sanitários, sobretudo devido ao número de leitos das hospitalizações (total de 155) que poderiam ter sido poupados se houvesse uma efetiva prevenção primária em saúde. É importante maior mobilização de dados disponíveis no sistema do Sistema Único de Saúde (SUS) para delinear um perfil social concreto e estabelecer um público alvo nas políticas públicas.