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EFEITOS MORFOFISIOLÓGICOS DA ESTROGENIOTERAPIA EM TRANSGÊNEROS FEMININOS
Última alteração: 07-11-2022
Resumo
O transfeminino é designado como indivíduo do sexo masculino ao nascer que se sente pertencente a identidade de gênero feminino. A terapia hormonal de escolha para a transição é a utilização de estrogênio, com o objetivo de promover caracteres feminilizantes. O objetivo foi descrever os principais efeitos morfofisiológicos da estrogenioterapia em transgêneros femininos. Foram selecionados artigos científicos utilizando a base de dados EBSCO, PubMed e Scielo, cujos descritores foram: transgênero feminino, terapia hormonal e estrogenioterapia. O hormônio feminilizante é a opção de tratamento para trangêneros femininos, uma combinação de estrogênio com antiandrógeno. O objetivo é administrar uma dose crescente de estrogênio até que as concentrações foliculares superiores de estradiol sejam alcançadas. A suplementação de estrogênio tem como ações aumentar os efeitos feminizantes nos tecidos-alvo e reduzir os níveis masculinizantes de testosterona no sangue através da supressão do eixo hipotálamo-hipófise-testicular. Como resultado do tratamento, a pele fica mais suave e menos oleosa e há redução no crescimento e no diâmetro dos pelos faciais e do tronco. Há aumento das mamas, diminuição da massa muscular e ganho de peso médio de 3,8 kg, com aumento de 38% nos depósitos de gordura subcutânea. Esta gordura concentra-se principalmente nos quadris e nádegas. Bem como, a terapia com o estrogênio reduz a libido e a função erétil e, devido à supressão das gonadotrofinas, há diminuição do volume testicular e da produção de espermatozoides. Portanto, a terapia hormonal com estrogênio em transfemininos é capaz de reduzir padrões masculinos e manifestar caracteres feminilizantes, como o desenvolvimento mamário e redistribuição da gordura corporal, de forma a trazer qualidade de vida.