Portal de Eventos da ULBRA., XXVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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HANSENÍASE NO BRASIL: TENDÊNCIA TEMPORAL DO NÚMERO DE CASOS NOTIFICADOS
Laura Milena Dressler, Maria Paula Cerutti Dumoncel, Matheus Carraro, Eliane Fraga da Silveira

Última alteração: 08-11-2022

Resumo


Introdução: a hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, essencialmente dermatoneurológico, e possui como principal característica o comprometimento dos nervos periféricos, podendo provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. Em 2020 os números reportados à Organização Mundial da Saúde foram de 127.396 no mundo, dos quais 19.195 (15,1%) estão nas Américas e destes, 17.979 apenas no Brasil. Objetivo: A pesquisa tem como escopo identificar o perfil epidemiológico e clínico da hanseníase no Brasil no período de 2011 a 2021. Metodologia: Trata-se de estudo quantitativo, epidemiológico, documental, transversal, em que foram extraídos e analisados dados de casos notificados de hanseníase no Brasil, no período de 2011 a 2021. A coleta de dados foi realizada em setembro de 2022 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. A pesquisa incluiu as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, raça, escolaridade, forma clínica, grau de incapacidade. De 2011 a 2021, foram notificados 380.015 casos de hanseníase no Brasil. Resultados: Nesta série histórica observa-se uma tendência de queda no número de casos no País. Quanto ao perfil dos acometidos, 56,92% são homens, 57,10% têm a cor de pele parda, a faixa etária predominante são indivíduos acima de 15 anos e o nível de escolaridade dos infectados é Ensino Fundamental. Em relação à expressão da doença, a forma clínica dimorfa em 45,94% dos pacientes, e com grau de lesão zero (55,13%) o que expressa uma maior parte de casos em que não há degeneração neural ou incapacidade física em progressão. Considerações Finais: a hanseníase tende a ser mais prevalente em classes socioeconômicas mais baixas devido à manutenção das populações em condições desfavoráveis aumentando a probabilidade de contágio. O levantamento e a análise dos dados disponibilizados são fundamentais para identificar os padrões de ocorrência da doença, as áreas de maior vulnerabilidade e as fragilidades na vigilância dessa endemia no Brasil.

Palavras-chave: Hanseníase; Epidemiologia; Políticas Pública.



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