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O tecido pulpar dos dentes, tem sido descrito como fonte de células-tronco multipotentes, que apresentam eficiência clonogênica, capacidade de autorrenovação e diferenciação em vários tipos celulares. As aplicações terapêuticas das células-tronco são diversas, como por exemplo, reparar tecidos dentários, tratamento de periodontite e traumas, enxertos ósseos para implantes dentários e tratamento de patologias com reabsorção óssea1 . Este trabalho teve como objetivo principal isolar células-tronco mesenquimais de polpa dentária (CTMPD). A metodologia aplicada neste estudo teve o caráter experimental quantitativo, onde foram realizados os cultivos in vitro de CTMPDs (n = 5 dentes), para a indução de osteogênese. A população de estudo foi composta por adolescentes e adultos, com idades entre 12 e 26 anos, submetidos à extração dos dentes terceiros molares inclusos superiores. As células foram isoladas a partir da polpa dentária obtida dos dentes removidos na cirurgia2 . O projeto teve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da ULBRA sob o número CAAE: 35501420.9.0000.5349. Os procedimentos cirúrgicos para obtenção da polpa dentária foram realizados sob controle rigoroso de assepsia devido à grande presença de microrganismos no meio bucal3,4. No isolamento, expansão e caracterização dos cultivos celulares das CTMPDs o tecido obtido foi imediatamente acondicionado em placas de cultura, com meio de cultura completo (culture complete medium - CCM) - Dulbecco Modified Eagle Medium, suplementado com 10% de soro fetal bovino, 10 mM de ácido 4- (2- hidroxietil) -1-piperazinoetanossulfónico (HEPES), 100 U de penicilina/mL e 10 mg de solução de estreptomicina/mL), e mantidas em uma incubadora a 37°C com atmosfera humidificada contendo 5% de CO2, por 14 dias, até que as células aderiram a placa e atingiram confluência de 80 %. Após o isolamento as células foram mantidas em uma incubadora a 37°C as mesmas condições do início de isolamento. As células foram mantidas até a passagem 12. Para avaliação da taxa de células formadoras de colônias foram semeadas 200 células/ poço em placas de 6 poços, com meio CCM, em sextuplicatas. O meio foi trocado após 72 h, durante 7 dias. Foi observado 2 % da capacidade de formação de colônias, houve o aparecimento de 4 colônias/poço/placas de 6 poços, com mais de 50 % células cada colônia. Até o momento concluímos que as células-tronco da polpa dentária adulta, extraídas do terceiro molar (dente siso), aqui denominadas CTMPDs são capazes de formar colônias e são capazes de proliferação celular in vitro.