Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MUTAGÊNICA DA MIRICITRINA
Dariana Rambor, Ana Paula De Souza, Rafael Rodrigues Dihl, Maurício Lehmann

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


Palavras-chave: Miricitrina, mutagenicidade, teste de micronúcleos

A Miricitrina (MYR), flavonol presente em folhas e frutos de plantas da família Myrtaceae, possui ação anti-inflamatória, antidiabética e antioxidante em humanos2 . É importante avaliar a segurança do consumo de substâncias de origem natural para evitar riscos à saúde humana3 . Em razão da escassez de estudos sobre a segurança da MYR, nosso trabalho teve como objetivo avaliar o potencial mutagênico da MYR in vitro. Para isso, o Teste de Micronúcleos com Bloqueio da Citocinese – CBMN foi escolhido para detecção de instabilidade cromossômica, expressa na forma de micronúcleos (MN), pontes nucleoplasmáticas (PN) ou brotos nucleares (BN). A MYR diluída em DMSO foi testada nas concentrações de 10 µM, 21,25 µM e 42,5 µM por 4 e 24 horas em células de ovário de hâmster chinês (CHO-K1). Os resultados obtidos até o momento apontam para ausência de genotoxicidade da MYR nas células CHO-K1 quando comparadas ao controle negativo (CN) no período de 4h. Já no período de 24h, as concentrações de 21,25 µM e 42,5 µM aumentaram a indução de MN, quando comparados ao CN. Este aumento de indução de lesões genômicas causadas pela MYR, relacionada com o tempo de exposição, já foi evidenciado por Hobbs et al.20154 em células TK6 humanas. Os autores testaram a MYR com e sem ativação metabólica e atribuíram a atividade genotóxica à ausência de detoxificação da MYR. Já Perdomo et al.20205 não observaram ação mutagênica da MYR quando avaliada no teste SMART em Drosophila melanogaster, no cruzamento aprimorado (com níveis aumentados de enzimas de metabolização da família de CYP450) e no cruzamento padrão (níveis basais de enzimas de metabolização). As células CHO-K1 não possuem metabolização via CYP450, portanto, os eventos mutacionais observados em nosso estudo não possuem relação direta com o metabolismo de xenobióticos por esta via. Adicionalmente, está bem documentado na literatura científica que os polifenois, em concentrações mais altas, podem apresentar atividade próoxidante e essa ação pode ativar vias que desencadeiam eventos mutacionais.


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