Introdução: A partir de 1994, adotou-se a sigla ´´GLS´´, utilizada para representar gays, lésbicas e simpatizantes no Brasil¹. No ano de 2008, o termo foi substituído para se aproximar de outras culturas e adicionou-se o ´´T´´ , que aborda pessoas transexuais, ficando, dessa forma, LGBT. Ao longo dos anos, com o objetivo de lutar por direitos e promover a promoção das mais diversas identidades de gênero e orientação sexual, a sigla foi ganhando mais letras e, atualmente, é conhecida como LGBTQIA+. Com isso, LGBTQIA+ é um movimento social e político, que defende a diversidade e busca mais representatividade e direitos para a comunidade.² Por fim, neste projeto, vamos adentrar em uma das siglas desse movimento: a letra T, de transexualidade, dando enfoque à pessoa transmasculina. Esta é definida como o indivíduo que nasce sendo atribuído ao sexo feminino, no entanto, se identifica com o gênero masculino³. Objetivos: O objetivo do trabalho foi analisar a aderência dos usuários à política, no município de Canoas/ RS. Material e Métodos: A metodologia foi feita por meio da análise de dados dos prontuários físico e digital dos usuários da política LGBTQIA+, disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde, da cidade de Canoas, do estado do Rio Grande do Sul. O período de coleta foi de julho do ano de 2021 a agosto do ano de 2021. Esse projeto de pesquisa tem como nº de Certificado de Apresentação de Apreciação Ética (CAAE) 31548820.3.0000.5349 e nº de protocolo do Comitê de Ética de 4.114.308. Resultados e Discussão: O programa transmasculino contava, inicialmente, com 100 fichas de pacientes que se cadastraram no programa. Entretanto, destas 100 fichas, apenas 52 deram início ao tratamento hormonal com dados para coleta, isto é, retornaram com os exames solicitados, enquanto os demais abandonaram o acompanhamento. Infelizmente, não sabemos os motivos pelos quais os pacientes acabam desistindo e abandonando o programa. Conforme os dados, dentre os 52 participantes que iniciaram o tratamento, apenas 64%, que corresponde a 33 indivíduos, deram continuidade realizando até a segunda coleta de exames. A partir disso, apenas 36%, que corresponde a 19 pacientes, realizaram até a terceira coleta de exames laboratoriais. Tais exames são realizados pela equipe médica para fins de monitoramento e controle da terapia.  O programa conta com uma equipe de médicos e psicólogos, que realizam um árduo trabalho para ajudar as pessoas que estão nesse processo de autoconhecimento e aceitação. Conclusão: Portanto, conclui-se a partir desse estudo, que nem todas as pessoas que se inscrevem no programa disponibilizado pela Secretaria de Saúde do município de Canoas, seguem o acompanhamento até o final; deduz-se que entre a vontade de participar do programa para transmasculinos e o compromisso com o mesmo, há um processo muito delicado. Com isso, faz-se essencial mais estudos sobre esse grupo minoritário na sociedade, além de disponibilizar mais informações sobre a política e a importância da mesma para que estes possam adquirir, diariamente, cada vez mais confiança, representatividade e direitos.