Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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DESENVOLVIMENTO DE BIOSSORVENTE A PARTIR DO RESÍDUO DE PODA PARA REMOÇÃO DE PARACETAMOL
Gabrielle Machado Ferreira, Laisa Teixeira da Silva, Nádia Teresinha Schroder, Renata Farias Oliveira

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


A presença de paracetamol no meio aquoso é um problema para os tratamentos de água residuais devido ao seu resistente processo de degradação biológica. Este composto químico mesmo podendo afetar a saúde humana, não possui uma legislação específica para controle de percentual. Por isso, nas estações de tratamento de água e efluente (ETA/ETE), não há nenhum tratamento específico para a remoção deste tipo de poluente, sendo sua eliminação incompleta1. Isso desperta uma crescente preocupação mundial pelos riscos significativos à saúde pública, que inclui problemas reprodutivos e perturbações neurológicas, onde a área científica tenta achar técnicas eficientes para a remoção destes contaminantes emergentes. Como possível técnica para remoção, um dos métodos mais eficientes é o processo de adsorção por adsorventes sólidos, que apresenta um baixo custo e um sistema de fácil operação. Os adsorventes são classificados como naturais e sintéticos, sendo os naturais abundantes, baratos e grande percentual de adsorção. Resíduos que podem ser utilizados na produção de carvão ativado ganham destaque, denominados como biossorventes. O resíduo de poda pode ser classificado como resíduos sólidos classe II, considerado não perigoso para impactos ambientais2,3. Neste estudo, foi utilizado o resíduo de poda in natura como biossorvente, bem como outros biossorventes foram preparados com este resíduo para remoção de paracetamol. Foram produzidos dois biossorventes, onde um deles foi submetido a temperatura de 400ºC (F400) e o outro permaneceu em contato de 1 hora com solução de ácido fosfórico 50% e após em temperatura de 400ºC (FQ400). Os ensaios foram em batelada sem ajustar o pH da solução. Em frascos Shot introduziu-se 50mL de solução aquosa de paracetamol, 0,1 g de biossorvente, e foi deixado em agitação constante (agitador de Wagner) por um período de 1 hora. Após a agitação, os sólidos em suspensão foram filtrados e a amostra líquida analisada em espectrofotômetro UV/VIS. Na análise dos resultados do espectrofotômetro considerou-se os dados de condições de preparo e registro de dados adquiridos. Assim, foi feito a curva de calibração para paracetamol e avaliada a remoção de paracetamol para cada um dos adsorventes. Para o resíduo in natura e F400 não foi possível avaliar a remoção de paracetamol, pois houve liberação de cor, interferindo na leitura no espectrofotômetro UV/VIS. O biossorvente PF400 FQ400 removeu 53,6% de paracetamol da solução aquosa.  Desta forma, o uso de resíduo de poda pode ser uma alternativa eficaz e viável para a remoção de paracetamol em solução aquosa.


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