Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE DENGUE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EM 2020
Elisa Kalil, Gabriela Accampora Fortes, Pedro Augusto Horbach Salzano, Valmir Dal Mass Júnior, Eliane Fraga da Silveira, Jussara Alves Pinheiro Sommer

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


A Dengue é uma arbovirose, e possui como principal responsável pela sua transmissão, a espécie Aedes aegypti. Este mosquito tem preferência pelas áreas urbanas e suburbanas, fazendo a utilização de recipientes com água limpa e parada para o depósito dos seus ovos e o desenvolvimento das larvas. A rápida urbanização sem planejamento adequado das cidades, a falta de tratamento de esgoto e o acúmulo de lixo são fatores que contribuem com a propagação do mosquito. Outro ponto importante para o aumento de casos da Dengue é a falta de conhecimento de uma parte da população sobre a importância de não deixar recipientes com água parada.  O estudo possui como objetivo analisar a prevalência dos casos de Dengue nos municípios do estado do Rio Grande do Sul no ano de 2020. Os dados foram coletados no site do Ministério da Saúde através do sítio eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (TABNET-DATASUS). Também foram analisados artigos de cunho científico sobre Dengue. No período analisado foram registrados 4.018 casos de dengue no Rio Grande do Sul. Um total de 146 municípios notificaram casos de dengue, com registro de 1 até 534 casos. O município que registou o maior número de infectados foi Santo Ângelo, pertencente à região das missões, com aproximadamente 13,3% dos casos (n=534), o município de Três Passos, integrante da Região do Celeiro, apresentou 11,0% dos casos (n=444). O município de Constantina, que pertence à região de Frederico Westphalen, registrou o terceiro maior número de infectados do Estado com 285 casos (7,1%). Os municípios Santo Cristo, Coronel Bicaco, Cerro Largo, Santa Maria e Santa Rosa, apresentaram em média 251 casos. Venâncio Aires, Palmitinho e Ijuí com média de 145 casos. Com 2 até 70 casos foram registrados em 87 municípios, e apenas 1 caso em 48 municípios. As medidas de combate ao mosquito A. aegypti devem ser constantes em municípios como números de casos elevados, mesmo em período de pandemia. Possivelmente, nos anos de pandemia no Brasil (2020/2021), haverá um declínio do número de notificações dos casos de Dengue, visto que as ações de saúde do país foram intensificadas para o combate da COVID-19, refletindo em uma possível subnotificação num período em que é esperado o aumento sazonal de casos de dengue no Brasil. Deve-se destacar a importância de campanhas de conscientização sobre como evitar a proliferação do mosquito, não deixando recipientes com água parada.


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