Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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MÃES NA UTI NEONATAL: FATORES QUE FACILITAM OU DIFICULTAM A RELAÇÃO COM O FILHO MUITO PREMATURO
Luísa Chaves de Faria Brasil, Lívia Padilha de Teixeira, Rita de Cassia dos Santos Silveira, Cesar Augusto Piccinini

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


O nascimento de bebês muito prematuros e a internação hospitalar intensificam os sentimentos e as experiências das mães no puerpério com impacto na relação mãe-bebê. Nesse contexto, mães podem apresentar ambivalências, sentindo-se tristes, mas também alegres, afetuosas e protetoras quanto aos filhos. É importante que se busque implementar práticas de assistência humanizadas em prol da saúde materno-infantil. Assim sendo, o objetivo desse estudo é identificar os fatores que facilitam ou dificultam a relação mãe-bebê durante a internação do bebê muito prematuro na UTI Neonatal. Participaram do estudo 4 mães que tiveram filhos nascidos muito prematuros, e que participaram do programa do Método Canguru, técnica de atendimento humanizado ao recém-nascido praticada nas UTIs Neonatais no Brasil. Trata-se de um estudo de caso múltiplo, retrospectivo, em que as mães responderam a entrevistas semiestruturadas e preencheram uma ficha de dados sociodemográficos, quando os filhos que nasceram muito prematuros estavam com idade entre 6 e 8 anos. O presente estudo integra um projeto maior sobre impacto da prematuridade no desenvolvimento infantil. Os relatos das mães foram examinados através de análise de conteúdo qualitativa. Os resultados preliminares revelaram como aspectos que facilitaram a relação mãe-bebê: interação e contato físico, visualização do bebê, participação no cuidado, e apoio de outras mães e pais na UTI Neonatal. Entre os aspectos que dificultaram a relação, destacam-se: distância física, sentimentos de incerteza e imprevistos no cuidado neonatal, solidão, medo de segurar bebê e ambivalência com o nascimento prematuro. Estes achados apoiam a literatura, especialmente quanto aos aspectos facilitadores da relação, como interação, contato físico e participação no cuidado, que são parte do Método Canguru. A importância da rede de apoio apareceu particularmente nas trocas com outras mães e pais com bebês na UTI, com menos ênfase aos familiares e profissionais, que comumente são destacados na literatura.

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