Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANÁLISE DOS ALUNOS DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Amanda Maria Costi Machado, Isabela Zoppas Fridman, Ana Maria Pujol Vieira dos Santos, Eliane Fraga da Silveira, Jussara Alves Pinheiro Sommer

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


O Brasil notificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus no final de fevereiro de 2020. A declaração de transmissão comunitária no país ocorreu em março, mês em que também foi registrado o primeiro óbito pela doença. O isolamento social com restrições à circulação de pessoas para evitar o contágio e disseminação do vírus foram adotadas. O governo, nas distintas esferas de atuação, adotou medidas para mitigar o impacto da doença na economia. Entre as medidas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, o governo federal, por meio do legislativo elaborou e aprovou a criação do Auxílio Emergencial que foi sancionado em abril de 2020. A concessão do auxílio se destinava a garantir proteção social aos brasileiros em situação de vulnerabilidade².O objetivo deste estudo foi verificar a adesão e utilização das políticas públicas por alunos e familiares de uma universidade privada, de abrangência nacional, durante o período inicial da Covid-19 no Brasil. A pesquisa de caráter descritivo, exploratório com abordagem quantitativa realizada de junho a julho de 2020. Os dados foram obtidos por meio de instrumento “Google Forms” contendo questões objetivas. Participaram 2513 discentes, a maioria era do sexo feminino (67,93%), idade entre 20 e 24 anos (40,07%), autodeclarados brancos (72,18%), cursavam a graduação (96,06%) e emprego formal (34,54%). A renda familiar de 41,70% dos participantes era de 2 a 3 salários-mínimos. Com relação importância das políticas públicas implementadas, a maioria classificou de elevada importância (36,2%), 22,4% consideram de média e 28,1% de nenhuma importância. Sobre o uso de algum tipo de auxílio disponibilizado, 55,44% utilizaram e, especificamente, o auxílio emergencial, 41,5%. A principal limitação apontada pelos discentes sobre acesso e uso dos auxílios foi que a população à qual eram destinados os programas de auxílio terem pouca ou nenhuma instrução ou equipamento eletrônico adequado para o acesso. Essa situação gerou deslocamentos, aglomeração de pessoas em pleno isolamento social. Os resultados indicam que a implantação de diversas políticas de auxílio durante o início da pandemia de COVID-19 pelas distintas esferas de poder foi de grande importância, visto que foi utilizada por muitos alunos e familiares. A continuidade de ações para garantir proteção social deve ser garantida por meio de políticas permanentes visando diminuir a vulnerabilidade da população.


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