Portal de Eventos da ULBRA., XXVI SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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MAPEAMENTO COMUNITÁRIO REALIZADO EM UM RESIDENCIAL GERIÁTRICO NO LITORAL NORTE GAÚCHO
Lucilene Alves Brocca, Maria do Nascimento Silva, Dione Matos de Souza Cardoso

Última alteração: 12-11-2020

Resumo


Palavras chave: Residencial Geriátrico, Idosos, Intervenção Psicossocial

INTRODUÇÃO

Este trabalho teve como objetivo realizar um mapeamento em um  residencial geriátrico localizado em uma cidade do Litoral Norte gaúcho. A escolha do local deu-se pelo serviço oferecido à população que, mesmo sendo de iniciativa privada, possibilita  pensarmos em outras alternativas quanto aos cuidados com os idosos. A inserção no meio comunitário e estar em contato com profissionais de outras áreas nos faz pensar nas necessidades e possibilidades de intervenção da Psicologia Comunitária. Para Lima e Bomfim (2012), o mapeamento não é só uma visita à comunidade na busca de seus equipamentos, monumentos, estruturas e as organizações sociais, mas uma forma de apreensão da realidade, de como os moradores estão inseridos, como pensam, sentem e vivenciam a vida em comunidade. Pode-se observar a maneira como os moradores vinculam- -se ao lugar e às pessoas, o fortalecimento dos laços afetivos, dentre outros. Dessa forma, entendemos que o mapeamento consiste em conhecer e compreender o funcionamento de uma instituição ou comunidade, a fim de levantar as características, problemáticas e carências, para posteriormente pensar nas hipóteses de uma intervenção psicossocial.

OBJETIVOS

Geral

Realizar um mapeamento comunitário para compreender as características, necessidades, problemáticas e demandas do Residencial Geriátrico.

Específicos

Analisar as dificuldades e conflitos existentes na instituição;

Verificar as potencialidades e pontos positivos da instituição;

Melhorar o relacionamento entre profissionais e idosos que utilizam o serviço do residencial;

Discutir a respeito dos problemas encontrados na instituição e pensar sobre possíveis estratégias de mudanças (Intervenção Psicossocial).

METODOLOGIA

O mapeamento foi realizado no Residencial Geriátrico, pelas acadêmicas Lucilene Alves Brocca e Maria do Nascimento Silva. O local é destinado à pessoas idosas e atende cerca de 16 pessoas, sendo 13 mulheres e apenas três homens. A faixa etária desses usuários é de 67 a 92 anos de idade, sendo que a maioria apresenta alguma doença característica da idade, como Alzheimer e AVC’s. Foram utilizados para a coleta dos dados: observação participante, diário de campo, entrevista com uma profissional e com internas do local, e pesquisa bibliográfica.

RESULTADOS

O projeto foi dividido em dois tipos de intervenções: a primeira por meio de oficinas terapêuticas realizadas com os idosos da instituição e a segunda será feita com uma roda de conversa com os profissionais envolvidos. Para participarem das oficinas serão selecionados todos os idosos do residencial que não sejam acamados. Aqueles que apresentam algum tipo de demência poderão participar. Aos profissionais, será realizada uma roda de conversa, a fim de levantar questões pertinentes à rotina de trabalho e experiências no residencial. Antes de iniciarem as práticas, as atividades serão explicadas aos participantes (idosos e profissionais) e somente irão começar após a aceitação das partes.

CONCLUSÕES

De acordo com Papalia (2006) a maioria das pessoas mais velhas não quer viver em instituições, e a maioria dos membros da família não quer que elas façam isso. As pessoas mais velhas, muitas vezes, sentem que a internação é um sinal de rejeição; e os filhos geralmente internam os pais com relutância, com pesar e com muita culpa. Às vezes, contudo, em função das necessidades do idoso ou da situação de uma família, a internação parece ser a única solução.

As questões relacionadas à perda de autonomia desses idosos também nos faz refletir sobre a importância de se manter no controle de suas vidas, para que o envelhecer não seja visto simplesmente como uma espera pela morte.

Concluímos assim, que existem muitas possibilidades de intervenção psicossocial a ser feita no Residencial, capacitando esses idosos a gerenciar de forma mais autônoma seu processo de envelhecimento, implicando diretamente na melhora da qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n° 10.741 de 1° de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm. Acesso em: 14 abr de 2019.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Consulta Pública nº 26, de 13 de abril de 2004. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP[6987-1-0].PDF. Acesso em: 14 abr 2019.

JÚNIOR, Álvaro Francisco de Brito; JUNIOR, Nazir Feres. A utilização da técnica da entrevista em trabalhos científicos. Evidência, Araxá, v. 7, n. 7, p. 237-250, 2011. Disponível em: https://met2entrevista.webnode.pt/_files/200000032-64776656e5/200-752-1-PB.pdf. Acesso em: 22 abr 2019.

LIMA, Deyseane Maria Araújo; BOMFIM, Zulmira Áurea Cruz. Mapeamento psicossocial participativo: metodologia de facilitação comunitária. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 30, n. 71, p. 679-689, out./dez. 2012. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20429/19687. Acesso em: 11 abr 2019.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento Humano. 8ª edição. Artmed, 2006.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini. Metodologia da pesquisa. Abordagem teórico-prática. Papirus Editora, 2019.

 


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