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O ozônio é um composto natural, uma molécula composta por 3 átomos de oxigênio, incolor e com odor pungente, que tem atividade oxidante. Sua aplicação em terapias passou a ser vista como alternativa de tratamento em meados de 1930 e, a partir de então, tem sido estudado por diversos pesquisadores. Originalmente, ele se encontra como um gás, podendo ainda se apresentar ainda de outras formas, como aquosa, gel, e na forma de óleo, podendo atuar nas células epiteliais conjuntivas, acelerando o processo de cicatrização. Percebeu-se ainda que este gás é considerado instável e isto traz vantagens para que seja aplicado na Odontologia, possuindo propriedades que o tornam um bom desinfetante com ação antimicrobiana, sozinho ou como coadjuvante. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão acerca do uso do ozônio como terapia, buscando as melhores evidências para a sua aplicação em diversas áreas da Odontologia. Foi utilizado o portal PubMed, utilizando os termos (("ozone"[MeSH Terms] OR "ozone"[All Fields]) AND ("therapy"[Subheading] OR "therapy"[All Fields] OR "therapeutics"[MeSH Terms] OR "therapeutics"[All Fields])) AND ("dentistry"[MeSH Terms] OR "dentistry"[All Fields]), sem delimitação de data ou de idioma. Foi realizada leitura por título, por resumo e, por fim, a leitura na íntegra dos resumos selecionados. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados e não randomizados, que utilizaram o ozônio em tratamentos odontológicos sozinhos ou associados a outros agentes. Com base nos resultados dos artigos abordados foi possível constatar que os estudos que abordam somente o ozônio em terapias na Odontologia ainda têm resultados bastante divergentes entre si. No presente estudo, abordou-se ainda o uso do Ozônio como adjuvante e através dos resultados pode-se perceber que é uma boa opção quando associado a outras terapias que objetivam redução da dor, cicatrização, efeito analgésico e anti-inflamatório. Por tudo isso nota-se que o ozônio, ainda que seja uma terapia muito recente, vem sendo estudado e mostrado ação benéfica, tornando-se uma importante opção de tratamento. No entanto, percebe-se que em alguns estudos não há significativa mudança se comparado ao tratamento convencional. Vê-se ainda, alguns artigos com metodologia e objetivos semelhantes que por sua vez possuem resultados opostos, tornando necessária a realização de mais estudos com base científica e ensaios randomizados para que possam esclarecer seu real potencial e veracidade da sua eficácia, com a finalidade de poder ser aplicado mais amplamente e com mais segurança na Odontologia.